Adilson, Zé Welison ou os dois juntos? Larghi vive dilema sobre volantes no Atlético


Volantes Zé Welison e Adilson podem dar ‘boa dor de cabeça’ ao técnico Thiago Larghi. Fonte: Alexandre Guzanshe/E.M/D.A.Press

Uma expressão bem corriqueira no meio do futebol é a de que um treinador tem “boa dor de cabeça” quando conta com duas ou mais peças do mesmo nível técnico para escalar a equipe. Thiago Larghi, do Atlético, é um exemplo de quem em breve estará tranquilo e com dupla boa opção no meio-campo alvinegro. Com a gradual recuperação do volante Adílson, livre de lesão na panturrilha esquerda, e o crescimento do substituto Zé Welison, o treinador conviverá com a dúvida positiva sobre quem escalar – ou mesmo mudar o esquema para utilizar os dois ao mesmo tempo.

Ambos têm como ponto forte a eficiência na marcação, mas diferem em outras características. Adílson, por exemplo, tem os bons índices de acerto de passe como trunfos na briga pela vaga de titular. E Zé Welison tem melhor recomposição, pode atuar mais adiantado, com liberdade para chegar à área adversária, e costuma arriscar chutes de fora da área.

No duelo com o Botafogo, domingo, às 16h, no Engenhão, pela 19ª rodada do Campeonato Brasileiro, é certo que o cearense de 23 anos começará como titular, até porque está com bom ritmo de jogo e entrosado com a equipe. O ex-jogador do Vitória atuou em todas as partidas pós-Copa do Mundo – desde que Adílson sofreu a lesão – e ganhou elogios do comandante e dos companheiros.

Zé Welison deixou o rubro-negro baiano na zona de rebaixamento para ajudar o Atlético a brigar pelo título ou mesmo por vaga na Libertadores. Ele acredita que a boa recepção dos atletas e da comissão técnica o ajudou a crescer de produção: “Tudo depende de confiança, do trabalho que fazemos no dia a dia. Tenho a confiança do Thiago, dos companheiros. O ritmo de jogo você consegue evoluir a cada dia. Esse trabalho que faço está sendo valorizado por todos, o que faz crescer junto com o time”.

Apesar da concorrência, ele comemora a volta de Adílson: “É um jogador fundamental para a equipe, pois dá uma enorme consistência ao meio-campo. Quanto mais peças para ajudar, melhor”.

Nas 12 rodadas antes da Copa, Adílson foi um dos jogadores mais regulares do Atlético, com destaque nos desarmes e nos acertos de passe. Ele sentiu um incômodo na panturrilha no segundo tempo da vitória sobre o Ceará por 2 a 1, no Independência, em julho, mas exames preliminares não detectaram lesão. Na intertemporada, o volante voltou a se queixar de dor no local e começou o tratamento – nova ressonância magnética apontou estiramento. Desde quarta-feira, ele vem trabalhando a forma física para ficar o mais rápido possível à disposição. O atleta pode estar nos planos contra o Vasco, quinta-feira, no Independência, no começo do returno.

COMPANHEIRO Galdezani deve ser o companheiro de Zé Welison diante do Botafogo. O jogador vai ocupar o posto de Elias, que cumpre suspensão por causa do terceiro cartão amarelo. Outra mudança no Galo é a entrada do equatoriano Cazares na vaga do argentino Tomás Andrade para requalificar os passes e lançamentos.

Já a presença do lateral-esquerdo Fábio Santos não foi definida pela comissão técnica. Depois de se recuperar de entorse no tornozelo esquerdo, o jogador participou da atividade de ontem, mas reclamou de incômodo e ficou em tratamento. Ele passará por novo teste hoje à tarde. Caso volte a sentir dor, o prata da casa Hulk continuará na equipe.

Superesportes