Após conviver com o drama do coronavírus na China, Marcelo Moreno vê Covid-19 assustar o Brasil


“Se correr o bicho pega, e se ficar….”. Essa expressão bem conhecida resume um pouco os últimos meses do atacante Marcelo Moreno. No começo de 2020 o jogador buscou abrigo no Brasil após o coronavírus infectar com enorme velocidade diversas cidades na China, onde morava o centroavante. E agora a pandemia, problema de saúde em praticamente todo o planeta, assusta também em Belo Horizonte, onde o camisa 9 buscou refúgio.

Em entrevista recente ao programa Bem, Amigos, do canal Sportv, Moreno falou sobre o que presenciou do outro lado do mundo, na cidade de Shijiazhuang, capital da província de Hebei, onde o atacante vestiu a camisa do time da cidade, o Shijiazhuang Ever Bright.

“Eu estive na China. Tenho amigos que passaram por tudo desde o início, que me contaram coisas… Eu vivenciei algumas coisas tristes e meus amigos também. Vi gente com o vírus caindo do nada, e isso foi crescendo a cada dia, semana. Era muito difícil de acreditar no que aconteceu. Acho que eles tomaram a decisão da quarentena no momento certo. Tanto que estão tendo os resultados agora. Não há mais transmissão local na China. E acaba sendo um exemplo para o mundo, mostra como acatar as ordens do governo é importante”, disse Moreno.

Em sua coletiva de reapresentação no Cruzeiro, o atacante, que está em sua terceira passagem no clube celeste (2007/2008 – 2013/2014 – 2020), afirmou que sua vinda ao Brasil não tinha ligação com a pandemia do coronavírus. Mas o certo é que o jogador saiu da China em um momento em que a doença assustava, e, hoje, os contornos do Covid-19 estão em maior controle na Ásia. Enquanto no Brasil a situação se agrava a cada dia, com o governo tentando medidas para impedir o colapso do sistema de saúde.

Contrato

Para deixar o Shijiazhuang Ever Bright, Marcelo Moreno abriu mão de aproximadamente R$ 50 milhões, valores que receberia até o fim de seu contrato com o clube chinês. Moreno tinha vínculo por mais dois anos (até o fim de 2022) com os chineses e seu salário girava em torno de R$ 1,7 milhões mensais.

No Cruzeiro o acordo é por um contrato de três anos, sendo um patrocinador o responsável pelos vencimentos do jogador. O valor no primeiro ano é de R$ 200 mil, no segundo dobraria (R$ 400 mil em caso de subida à Sèrie A do Brasileiro), e no terceiro ano passaria ao valor de meio milhão de Reais.

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