Ex-presidente ‘não vê absurdo’ em gastos no cartão do Cruzeiro e chama vazamentos de ato político


O ex-presidente do Cruzeiro Wagner Pires de Sá se pronunciou oficialmente pela primeira vez após o vazamento de dados dos cartões de crédito corporativos no período de sua gestão na Raposa terem sido vazados. O antigo dirigente do clube justifica os gastos como medida “universalmente utilizada pelas empresas brasileiras e internacionais para cobrir despesas de seus dirigentes enquanto personalidades públicas”, conforme consta em nota oficial divulgada na última sexta-feira (24).

Os gastos com cartões de crédito corporativo do Cruzeiro pelo ex-presidente foram de pagamentos de hospedagem em resort na Bahia, viagens ao exterior, compras em lojas de departamentos, clínicas de estética e até de chopp, além de pagamentos em restaurantes e bares. Valor que se aproxima de R$ 100 mil, conforme dados antecipados pelos sites Superesportes, Uol e do portal Deus me Dibre.

Wagner Pires de Sá justifica os gastos usando o montante de R$ 75.094,00, de acordo com ele apresentado em matérias recentes na imprensa, dizendo que em dois anos a média mensal do gastos ficou em pouco mais de R$ 3 mil.

“Numa entidade como o Cruzeiro Esporte Clube que não remunera seus dirigentes eleitos criou-se, anteriormente por outras gestões passadas, com muita propriedade, a figura do Cartão de Crédito Corporativo, para exatamente cobrir tais despesas. Ora, nas reportagens atuais publicadas pela imprensa, consta que em dois anos janeiro de 2018 a dezembro de 2019 foram gastos através do cartão da presidência a importância de R$75.094,00, o que corresponde a um gasto médio de R$3.125,00 mensais”, publicou.

O ex-presidente disse ainda que “não vê nenhum absurdo financeiro nos gastos” e chamou de ato político e tentativa de desmoralizá-lo o vazamento dos gastos com cartões de crédito corporativos.

Veja a nota de Wagner Pires na íntegra

O Cartão de Crédito Corporativo foi e é utilizado universalmente pelas empresas brasileiras e internacionais para cobrir eventuais despesas de seus dirigentes enquanto personalidades públicas; obrigados a frequentar e participar de encontros com empresários, autoridades públicas, chefes e diretores de entidades similares e congêneres; obrigados a comparecer em eventos festivos ou não; às vezes obrigados a presentear seus anfitriões e promover encontros que indubitavelmente geram despesas.

Numa entidade como o Cruzeiro Esporte Clube que não remunera seus dirigentes eleitos criou-se, anteriormente por outras gestões passadas, com muita propriedade, a figura do Cartão de Crédito Corporativo, para exatamente cobrir tais despesas.

Ora, nas reportagens atuais publicadas pela imprensa, consta que em dois anos janeiro de 2018 a dezembro de 2019 foram gastos através do cartão da presidência a importância de R$75.094,00, o que corresponde a um gasto médio de R$3.125,00 mensais.

Não vejo aí nenhum absurdo financeiro, mas sim, a eminente intenção de determinadas pessoas, que mais uma vez, fazendo uso de métodos baixos e rasteiros buscam denegrir a minha imagem pessoal com nítido intuito político e a clarividente intenção de cobrir com uma cortina de fumaça os reais problemas pelos quais vem perpassando o Cruzeiro por total incompetência em solucioná-los.

Estas atitudes não atingem somente a minha pessoa, mas a instituição maior que é o Cruzeiro Esporte Clube. Foi devido a estes ataques rasteiros, expondo documentos de interesse apenas internos da instituição, com viés de vingança e inveja cuja contenta, caso houvesse, certamente poderia ser facilmente resolvida em casa, que levou o clube a situação extrema de rebaixamento para a série B.

O problema maior do Cruzeiro são suas dívidas acumuladas através de diversos anos passados sobrevivendo neste sistema inviável do futebol brasileiro. Portanto, mais uma vez, não me usem como “bote expiatório

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