Matemáticos estimam que São Paulo precisa de 28 pontos para evitar risco de queda


Fonte: Rubens Chiri/São Paulo

Para não ser rebaixado pela primeira vez em sua história no Campeonato Brasileiro, o São Paulo vai ter de aumentar sua média de pontos em 27%, no mínimo. Na prática, isso significa elevar o número de vitórias, passando de cinco para sete, por exemplo. Também é fundamental perder menos. No primeiro turno, foram dez derrotas, incluindo a deste domingo, para o Bahia. No returno do torneio, poderia perder apenas cinco.

Essas são as projeções feitas por matemáticas e estatísticos a pedido do Estado sobre a situação do clube paulista. “Hoje, a média de pontos por jogo do São Paulo é de 1,1. Para se salvar da degola, o time precisa chegar a 1,4”, explica o matemático e engenheiro Tristão Garcia.

Na avaliação do especialista, o número mágico para o time se salvar é de 47 pontos. Hoje, o São Paulo tem 19. Com isso, teria de fazer mais 28 nas 19 rodadas que ainda tem para disputar no returno. As combinações para fugir da queda são inúmeras, mas, em todas, o time precisa vencer mais e perder menos, o que parece difícil nesse momento, considerando as últimas rodadas.

Depois de acumular seis jornadas entre os piores, o São Paulo escapou com a vitória épica sobre o Botafogo. Em seguida, voltou a despencar com os tropeços diante de Coritiba e Bahia. Dorival Junior considerava importante virar o turno na parte de cima da tabela principalmente pelo fator emocional e psicológico.

Esse cenário repete o calvário que vários times grandes enfrentaram nos últimos anos. No ano passado, o Inter foi para a Série B somando 43 pontos e aproveitamento de 37%. Aos demais que visitaram a segunda divisão, o diagnóstico, dentro do gramado, é semelhante ao do São Paulo: elenco limitado e trocas de técnicos.

O rendimento, porém, varia. Alguns passaram várias rodadas na zona de descenso. Foi o que aconteceu com Palmeiras (2012) e Vasco (2015), que ficaram 32 e 35 rodadas, respectivamente, entre os piores. Outras equipes fraquejam no fim. Sempre na parte de baixo da tabela, o Corinthians de 2007 entrou na degola pela primeira vez no 27.º jogo. Saiu no 35.º e voltou após o último.

COMANDO – A troca de técnico é uma constante entre os rebaixados. O Palmeiras começou com Luiz Felipe Scolari e caiu com Gilson Kleina, anunciado em setembro. O Vasco foi comandado por Doriva, Roth e Jorginho, que permaneceu no time na temporada seguinte e conquistou o acesso.

O Corinthians também trocou de chefe. Foram três vezes ao longo da competição: Paulo César Carpegiani, Zé Augusto e Nelsinho Baptista no ano da queda. Chegou a liderar o campeonato na sétima rodada, mas teve queda abrupta: era o 16.º após 14.ª rodada. O Inter também sofreu com a troca de comando. Nesta temporada, o São Paulo começou o torneio com Rogério Ceni, foi dirigido interinamente por Pintado e hoje tem Dorival no cargo.

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