Projeto social de Jiu Jitsu e BMX “Saúde e Equilíbrio” corre o risco de acabar por falta de patrocínio


Fernando Rabello, professor de Jiu Jitsu

Um projeto social que inclui crianças e adolescentes no esporte corre o risco de acabar por falta de patrocínio. Os idealizadores do Projeto Equilíbrio e Saúde, o professor Fernando Rabello e o coordenador Clóvinson Gonçalves, o Clovin, dão aulas de jiu jitsu e BMX, ciclismo acrobático, na Avenida Cesário Crosara, Bairro Presidente Roosevelt.

O professor e também atleta, campeão brasileiro de Jiu Jitsu em 2011, tem como credencial as conquistas nos principais campeonatos da modalidade. Mas a luta que o mestre quer ganhar agora é fora dos tatames. Há um ano ele treina crianças e adolescentes na arte marcial por meio do projeto saúde e equilíbrio.

Fernando Rabello já revelou alguns talentos na turma de crianças e adolescentes. Mas a meta principal não são as competições oficiais. O projeto, aprovado pelo Ministério dos Esportes tem como prioridade os benefícios da atividade física para a formação da cidadania e a qualidade de vida da moçada.

Só que o contrato com o patrocinador venceu. E o trabalho corre o risco de se perder. Fernando fala do amor que adquiriu pelos alunos e sobre como sentirá falta deles, caso o projeto não siga adiante. “Já é praticamente da família. Se uma hora acabar vai ficar apertado de perder a galerinha aí. Estão todos de parabéns.”

Junto com o Jiu Jitsu o projeto incetiva também o BMX – ciclismo acrobático, que tem no comando um Campeão Brasileiro. Clóvinson Gonçalves, o Clovin, é autor do Projeto Saúde e Equilíbrio com BMX e Jiu Jitsu. Para ele, perder a chance de manter as atividades é mais que um risco para os atletas em potencial que já foram revelados nos dois esportes: é perder um incentivo a mais para tirar crianças e adolescentes das situações de riscos sociais.

“É impagável ver s crianças desenvolvendo e aprendendo princípios, valores humanos. A gente ensina sete dicas: perseverança, paciência, respeito, coragem, humildade, renúncia (deixar de lado o que é ruim) e a liberdade, que é não ficar preso no computador, na televisão, no videogame, porque hoje menino só quer ficar na internet e precisa praticar esportes pra gente ter um Brasil mais saudável.”

Questionado sobre como os cidadãos podem ajudar a manutenção do projeto, Clovin dá dica de algo diferente do patrocínio comum. “Você, pessoa física, que tem imposto retido na fonte, pode investir pra que a gente continue oferecendo para essas crianças e adolescentes o Jiu Jitsu, o BMX e até amplie as modalidades esportivas que ajudam na contribuição e na formação do cidadão.”