São Paulo é derrotado pelo Guarani e vê aumentar pressão pré-Libertadores


São Paulo, de Diego Souza, é batido pelo Guarani no Pacaembu e vê pressão crescer. Fonte: Rubens Chiri/São Paulo

O São Paulo falhou pela segunda vez seguida neste Campeonato Paulista. Após ter perdido do Santos no domingo, o time voltou ao Pacaembu na noite desta quinta-feira e acabou derrotado pelo Guarani, por 1 a 0. William Matheus, com pouco mais de um minuto de bola rolando, marcou o único gol da partida.

Nem mesmo a estreia de Hernanes, que só havia jogado nos Estados Unidos, pela Florida Cup, diante da torcida tricolor, foi capaz de impedir as vaias ao time. O meia entrou em campo aos 18 minutos do segundo tempo e pouco contribuiu para evitar mais um tropeço dos comandados de André Jardine.

Apesar de se manter na liderança do Grupo D, com seis pontos, o São Paulo parece muito distante do ideal para quem precisa ir à Argentina na semana que vem iniciar sua batalha por um lugar na fase de grupos da Copa Libertadores. A equipe visita o Talleres na quarta-feira. Antes, domingo, tem um último teste no Estadual. Novamente no Pacaembu, encara o São Bento. O Guarani, por sua vez, que já havia derrubado um grande – o Corinthians (2 a 1) – na competição, vai até Mirassol desafiar os donos da casa. O time de Campinas soma seis pontos e é o terceiro colocado do Grupo B, liderado pelo Palmeiras.

O técnico André Jardine manteve a linha defensiva dos outros jogos, mas mexeu bastante no meio. Tirou Hudson e Nenê para apostar em Liziero e Diego Souza na armação. No ataque, o tridente teve Helinho, Pablo e Everton. Porém, não houve tempo de ver como o “novo” São Paulo funcionaria. Em escanteio batido com pouco mais de um minuto de bola rolando, William Matheus cabeceou totalmente livre de marcação e abriu o placar para o Guarani.

A partir do gol sofrido, o time tricolor passou o resto do primeiro tempo atacando, quase sempre na base dos cruzamentos. Foram 33 ao todo, mas apenas dez certos. A melhor chance, porém, veio em falta cobrada com violência por Reinaldo. A bola explodiu no travessão de Klever. “A gente tomou um gol de bola parada, que treinamos tanto. Não é para tomar. Não deixamos de jogar, trabalhando a bola, girando”, analisou o lateral são-paulino.

O São Paulo não só não mudou sua tática para os 45 minutos finais, como ainda perdeu intensidade e passou 17 minutos ouvindo vaias e gritos por “Hernanes”, que foi relacionado pela primeira vez neste Paulistão. Jardine acatou e, no minuto seguinte, colocou o meia no jogo (Anderson Martins saiu, obrigando Hudson a recuar para atuar como zagueiro ao lado de Arboleda).

Diante de um adversário plantado em seu campo defensivo, os são-paulinos mostraram pouco repertório ofensivo. A dinâmica prosseguiu: toques de um lado a outro para tentar abrir a marcação, até uma tentativa de cruzamento. Jardine tentou melhorar a criação ao trocar Helinho por Nenê, mas o camisa 10 também pouco fez contra o paredão verde do outro lado.

As coisas pioraram quando Liziero sentiu dores e precisou sair de campo, aos 32, deixando o time com dez jogadores em campo. Foi o desfecho melancólico de uma noite em que nada deu certo para os anfitriões.

SÃO PAULO 0 x 1 GUARANI

SÃO PAULO – Tiago Volpi; Bruno Peres, Arboleda, Anderson Martins (Hernanes) e Reinaldo; Jucilei (Hudson), Liziero e Diego Souza; Helinho (Nenê), Pablo e Everton. Técnico: André Jardine.

GUARANI – Kléver; Léo Príncipe, Ferreira, Diego Giaretta e William Matheus; Romissom e Ricardinho; Felipe Amorim, Lucas Crispim (Inácio) e Thiago Ribeiro (Fernando Viana); Diego Cardoso (Fernandes). Técnico: Osmar Loss.

GOL – William Matheus, a 1 minuto do primeiro tempo.

CARTÕES AMARELOS – Felipe Amorim, Kléver, Ricardinho e Romissom (Guarani).

ÁRBITRO – Douglas Marques das Flores.

RENDA E PÚBLICO – Não divulgados.

LOCAL – Estádio do Pacaembu, em São Paulo (SP).

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