Terceiro técnico do Galo em 2017, Oswaldo enfrenta mesmo problema de antecessores


Oswaldo terá quatro dias de treinos para melhorar desempenho do Galo antes de encarar o São Paulo Fonte: Ramon Lisboa/E.M

Independentemente do treinador, as dificuldades permanecem na Cidade do Galo. Seja com Roger Machado, Rogério Micale ou Oswaldo de Oliveira, o Atlético não obteve a esperada evolução e agora não tem outra opção senão encarar a reta final do Campeonato Brasileiro com total seriedade, sem direito a falhas. Depois de perder o título da Primeira Liga, o clube agora acende o sinal amarelo nos 12 jogos restantes na Série A. E o objetivo segue sendo a Libertadores de 2018, por mais que ainda haja pequena possibilidade de rebaixamento.

Numa temporada praticamente perdida, a diretoria tenta rever os erros para começar a planejar a equipe de 2018. Com diferentes filosofias de trabalho, nenhum dos treinadores conseguiu solucionar as carências e tampouco formar um time competitivo. O experiente Oswaldo de Oliveira – que chegou por último e não teve tempo ainda de implantar sua filosofia de jogo –, já tem como desafio não deixar os jogadores se abaterem, já que ainda restam dois meses de disputa do Brasileiro.

E ele terá de trabalhar arduamente os problemas nos fundamentos que os antecessores Roger Machado e Rogério Micale não conseguiram solucionar – o primeiro ficou apenas sete meses no cargo e o segundo, menos de dois meses. A ineficiência do setor ofensivo é um dos pontos fracos da equipe. Na Série A, os mineiros têm o quinto pior ataque, com 29 gols em 26 jogos, com jogadores como Fred em longo jejum (sem marcar há 11 jogos). Robinho enfim desencantou ao marcar dois na vitória sobre o Atlético-PR por 2 a 0 (havia ficado 23 jogos sem balançar as redes).

Oswaldo entende que há pouco tempo de trabalho, mas continua acreditando em reviravolta dos jogadores, com atuações mais expressivas. “Podemos francamente superar essa situação. O mais importante é que temos uma equipe boa nas mãos para se dedicar no trabalho. Eu acredito nisso pontualmente. É importante termos confiança no grupo para dar continuidade nas vitórias”.

Somente agora é que o técnico vai conhecer mais o grupo e começar a experimentar novas situações de jogo. Dos atletas alvinegros, ele trabalhou somente com Fábio Santos (São Paulo), Marlone (Corinthians), Robinho (Santos) e Mansur (Sport), que acabou de ser promovido do time B.

A partir deste sábado, quando o grupo volta aos trabalhos, ele começa a focar em outro problema da equipe: a dificuldade de vencer no Independência, algo que foi responsável pela queda de Roger e Micale. O próximo compromisso será contra o São Paulo, quarta-feira, às 21h, no Horto. “Minhas lembranças do Atlético no Horto são positivas. Não acredito que isso perdure por muito tempo”, afirma o treinador.

Quando o time titular não está inspirado, os reservas podem ser a salvação. Mas, em um grupo tão caro, as opções de banco não têm feito a diferença, assim como foi em toda a temporada. Contra o Londrina, Oswaldo deu chance para Clayton, Rafael Moura e Marlone, mas nenhum deles conseguiu mudar o espírito apático da equipe no segundo tempo – os dois primeiros até desperdiçaram suas cobranças na decisão por pênaltis.

OS PROBLEMAS QUE PERSISTEM EM 2017

1) Ataque que finaliza pouco e tem dificuldades para penetrar na área adversária

2) Queda de rendimento das lideranças técnicas do grupo

3) Falta de peças de qualidade no banco

4) Média de idade de quase 30 anos do time titular

5) Volantes que demonstram insegurança e permitem espaços

6) Dificuldade de vencer e impor seu estilo no Independência

7) Contra-ataque tem sido jogado no lixo. Time se mostra lento paras surpreender o adversário

Superesportes