Depois de receber prêmio de cidadão honorário de BH, Wagner Pires concedeu entrevista coletiva. Fonte: Bruno Haddad/Cruzeiro
O presidente do Cruzeiro, Wagner Pires de Sá, comentou o interesse do clube na contratação do atacante Bruno Henrique, do Santos. Segundo ele, um contato inicial foi feito há cerca de dois meses, por intermédio do diretor de futebol Marcelo Djian, mas, na ocasião, as negociações não avançaram. Desde então, de acordo com o dirigente, não houve mais conversas oficiais.
“O Bruno Henrique vem demonstrando interesse. Há uns dois meses ou um pouco mais, nosso diretor de futebol conversou com a direção do Santos para adiantar alguma conversa, mas, depois disso, não houve nenhuma conversa oficial. Mas o futebol é dinâmico. Sempre tem alguém querendo vender e comprar. A grande vantagem do Cruzeiro é que se você perguntar a grande parte dos jogadores do futebol brasileiro, todos querem jogar no Cruzeiro. Para nós, é uma grande satisfação”.
Apesar da afirmação do presidente, o Cruzeiro fez sim uma investida recente por Bruno Henrique. Segundo apurou o Superesportes, o clube celeste disponibilizou uma lista para que a direção do Peixe escolha um ou dois jogadores. Estão na relação o zagueiro Manoel, o volante Bruno Silva, o meia Mancuello e os atacantes Sassá e Rafael Sobis.
Com 45% dos direitos econômicos ligados ao Cruzeiro, Sassá foi o que recebeu mais aprovação do Santos para uma negociação envolvendo Bruno Henrique. O atacante celeste é visto com potencial para, futuramente, gerar retorno financeiro, já que está com 24 anos, além de suprir a saída de Gabriel Barbosa, artilheiro do time da Vila Belmiro em 2018, com 27 gols. Os demais jogadores não causaram tanta empolgação na diretoria santista.
No último sábado, em entrevista à Rádio Itatiaia, Bruno Henrique afirmou que gostaria de jogar em um time de Belo Horizonte, já que é natural da capital mineira. Ele cresceu na Vila Tiradentes, no Bairro Concórdia, e chegou a atuar no futebol amador pelo Inconfidência, campeão da Copa Itatiaia em 2011/2012.
No futebol profissional, o atacante de 27 anos jogou por Uberlândia, Itumbiara-GO, Goiás, Wolfsburg (Alemanha) e Santos, pelo qual disputou 87 jogos e marcou 20 gols. O Peixe até aceita negociar o atleta, desde que recupere parte do investimento de 4,5 milhões de euros efetuado na aquisição de 100% dos direitos econômicos em janeiro de 2017.
Reforços pontuais
O Cruzeiro não fará muitas contratações na virada para 2019. Conforme Wagner Pires, as investidas ocorrerão em cima de reforços pontuais. “Nós estamos pensando e, claro, sempre olhando o mercado. O Itair (Machado, vice-presidente de futebol), inclusive, está desenvolvendo um esforço muito grande atrás de um ou dois reforços que nós precisamos. Nós vamos manter a nossa base, que já é muito forte. Temos falado muito sobre isso. Os nossos jogadores vão continuar. É mesmo uma questão de um reforço pontual. Vamos continuar com nosso time e com nossa base”.
Não é mistério, por exemplo, que o Cruzeiro analisa reforços para as duas laterais, de modo que Egídio e Edilson tenham substitutos à altura. O destro Gilberto, do Fluminense, e o canhoto Dodô, do Santos, estão no radar cruzeirense. Há ainda a possibilidade de a diretoria buscar um atacante de velocidade, no perfil do próprio Bruno Henrique, e um armador, caso Thiago Neves seja negociado.
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