Foi enterrado na manhã desta quarta-feira, 5, em Uberlândia, sob forte comoção, o corpo do jovem Ermínio José Dias Ferreira, de 20 anos. Ele foi encontrado boiando em uma represa no Rio Uberabinha, próximo à Usina Hidrelétrica Malagone, a 30 km de onde teria sido atropelado.
Apesar de o corpo já estar em estado de decomposição, nu e com o rosto irreconhecível devido ao passar de quatro dias após os fatos, familiares reconheceram Ermínio devido a uma mania que ele tinha, de usar três meias de uma só vez.
Os parentes pensaram em enterrá-lo em Goiânia, cidade natal do rapaz, mas por fim decidiram fazer o enterro aqui em Uberlândia. Foram dias de angústia para todos os parentes e amigos que ajudaram nas buscas pelo jovem. Ermínio voltava do trabalho na madrugada do dia 29 de novembro com dois amigos, quando teria sido atingido por um carro, cujo motorista fugiu sem prestar socorro.
O acidente aconteceu no anel viário norte, no distrito industrial. O Corpo de Bombeiros fez buscas desde então. Na última segunda-feira, eles foram acionados por uma pessoa que viu o cadáver boiando na área urbana do Rio Uberabinha. A família teve acesso ao corpo somente na terça-feira, quando foi ao cemitério Campo do Bom Pastor para fazer o reconhecimento.
Agora fica o choro, que demonstra o fim de uma angústia e a certeza de uma perda. Os parentes de Ermínio ficaram horas à espera pela liberação do corpo no Serviço de Verificação de Óbito (SVO), no cemitério. A identificação acabou com as esperanças da família.
A tia, Maria José, que se considerava mãe de Ermínio, disse que eles esperavam encontrá-lo vivo, porque ele era muito jovem e tinha muito caminho a trilhar.
O rapaz morava em Uberlândia há apenas 1 ano. A falta de emprego em Goiânia, terra natal, fez com que ele trouxesse para o Triângulo Mineiro a família que estava construindo. Os dois filhos do rapaz, uma menina de 3 anos e um bebê de um ano, já sentem falta do pai.
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Veja a entrevista na reportagem de Marina Caixeta
