Petrobras não precisa considerar inflação para definir preço do combustível


O presidente da Petrobras, Pedro Parente, divulga os dados sobre produção de petróleo no Brasil em 2016 em café da manhã com jornalistas. (Imagem: Cristina Indio do Brasil/Agência Brasil)

O presidente da Petrobras, Pedro Parente, disse nesta quarta-feira, 11, que a empresa está seguindo a política de preços de combustíveis e afirmou ainda que a estatal não é obrigada a levar em conta critérios macroeconômicos na fixação de seus preços, ao ser questionado se a inflação é considerada nos cálculos.

Segundo ele, os combustíveis são commodities, não têm preço fixado, e precisam seguir o movimento do mercado internacional.

“Como acontece com uma padaria quando o trigo aumenta e ela tem que refletir isso no preço do pão, acontece na soja, no café e no minério de ferro. Então, aqui não é uma questão que a Petrobras esteja criando qualquer situação. Ela está reagindo a movimentos dos preços das commodities nos mercados internacionais. Nós não geramos isso. Nós refletimos isso nos preços da companhia”, disse Pedro Parente durante café da manhã com jornalistas na sede da empresa, no centro do Rio de Janeiro.

Sobre repercussão no mercado do preço do diesel e a manutenção do preço da gasolina e que os valores estão fora dos patamares internacionais, Parente rebate críticas as analistas de que os preços adotados pela empresa estão diferentes dos praticados no mercado.

“Divulgamos uma política que estamos seguindo à risca. Nós estamos, de acordo com os nossos cálculos, mantendo exatamente a margem que a gente deseja tanto quanto ao diesel como para a gasolina”, disse.

Negociações salariais

O presidente da Petrobras informou ainda que a empresa recebeu na semana passada uma proposta de negociação salarial dos petroleiros. Segundo ele, a empresa vai analisar nas próximas semanas a proposta.

Pedro Parente descartou um novo Programa de Incentivo ao Desligamento Voluntário (PIDV) e citou apenas que poderá haver desligamento voluntário para casos de venda de ativos.

Agência Brasil