Pró-reitor da graduação da UFU é condenado por improbidade administrativa


Armando Quillici Neto, atual pró-reitor de graduação da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), recebeu uma condenação, dois meses antes de sua posse, por improbidade administrativa, na época em que trabalhava no município de Mococa, no interior de São Paulo.

O pró-reitor foi condenado pela justiça do estado de São Paulo, após ação do Ministério Público paulista. Armando teria cometido os atos ilícitos entre dezembro de 2001 e junho de 2002, quando era diretor das Faculdades da Fundação de Ensino de Mococa (FAFEM).

De acordo com a ação, Armando teria cometido inúmeras irregularidades relacionadas à concessão de diplomas de graduação a diversos estudantes que não teriam cumprido, de forma integral e completa, a frequência necessária de aulas e a realização de exames para a conclusão de seus cursos.

Para poder manter o esquema, a promotoria afirmou que Armindo teria autorizado um professor da instituição a receber pagamentos indevidos para poder diplomar os alunos, beneficiando alguns, em detrimento de outros, apenas por questões pessoais e particulares.

O juiz Sansão Ferreira Barreto, que foi o responsável pelo caso, afirma que, pelo menos, quatro estudantes foram diplomados sem que tivessem cumprido suas obrigações acadêmicas por completo.

Armindo foi condenado a ressarcir, integralmente, o erário do município de Mococa, pela soma dos valores recebidos pelo professor, além de pagar uma multa correspondente a dez vezes o valor do maior salário que recebeu dentro da instituição.

Além disso, Armindo também recebeu suspensão de direitos políticos por três anos; proibição de contratar com o poder público, receber benefícios, incentivos fiscais ou de créditos por 5 anos e a perda de função pública.

Em entrevista para a reportagem da TV Vitoriosa, o advogado do pró-reitor alegou que na apuração criminal, Armindo foi inocentado. E que o juiz, no momento da condenação, levou em conta outras questões administrativas sem ouvir testemunhas, que comprovariam que os atos ilícitos foram praticados por outro diretor, que já faleceu. Ele já entrou com recurso contra a condenação.

A Universidade Federal de Uberlândia disse que, por enquanto, não irá se manifestar sobre o assunto.

Segundo caso de condenação

Esse já o segundo caso de um pró-reitor da UFU que possui uma condenação jurídica.

Recentemente, a diretora de processos seletivos da Instituição, Maura Alves de Freitas Rocha, foi condenada por irregularidades durante um concurso para técnico administrativo. Ela teria vazado algumas questões da prova, na época em que coordenava a elaboração de provas da Diretoria de Processos Seletivos da UFU.