Começa o julgamento de dois acusados da morte brutal da grávida Greiciara Belo Vieira


Começou nesta quinta-feira, 27, o julgamento de dois dos seis acusados de envolvimento no assassinato Brutal da jovem Greiciara Belo Vieira, de 19 anos, que estava grávida de 9 meses. O crime bárbaro, cometido com requintes de crueldade, chamou a atenção de todo o país. A gestante teve o bebê arrancado da barriga com ela ainda viva. Depois foi jogada numa represa com mãos e pés amarrados e pedras enroladas no corpo com uma tela de arame.

Onze meses depois do crime, o júri popular dos réus Lucas Mateus Silva, de 22 anos, travesti conhecida como Mirela, e Jonathan Martins Ribeiro de Lima, de 24 anos, começou às 8h, no Fórum Desembargador Newton Ribeiro da Luz. O crime aconteceu em agosto de 2016. Os autores queriam o bebê da vítima. A mandante do crime seria Shirley de Oliveira Benfica, que precisava de um filho para manter um relacionamento com um empresário de Araguari, para quem teria mentido uma gravidez.

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Shirley e os outros acusados de envolvimento no crime, a enfermeira Jacira Santos de Oliveira, Michel Nogueira de Oliveira e Luís Felipe Morais foram indiciados por homicídio quadruplamente qualificado – por motivo torpe, meio cruel, impossibilidade de defesa da vítima e por assegurar a execução de outro crime. Eles ainda serão julgados.

O crime

A quadrilha sequestrou a jovem com o intuito de tirar o bebê que ela esperava. O corpo de Greiciara Belo Vieira foi encontrado dois dias depois do crime, boiando em uma represa na cidade de Ituiutaba. Segundo as investigações da Polícia Civil, a vítima, que morava em Uberlândia, foi apenas sedada com éter, e estava viva quando teve o bebê retirado da barriga. Houve momentos em que ela acordava e gritava de dor durante a cesariana clandestina. Depois ela foi enforcada até a morte, teve as mãos e pés amarrados, e teve o corpo enrolado em uma tela com pedras para que afundasse na água. O corpo foi encontrado com a barriga aberta e as vísceras expostas.

A travesti Mirela, que mora em Ituiutaba, era amiga de Greiciara e foi quem atraiu a vítima para o sequestro. Como pagamento receberia dinheiro e um aparelho celular. Ela levou Greiciara até uma casa no Bairro Santa Mônica, onde os outros demais autores estavam. Eles levaram a vítima para a zona rural de Ituiutaba, onde foi submetida ao procedimento cirúrgico para a retirada da criança.

Depois do crime, a menina foi encontrada na casa de uma babá, contratada por Shirley. A criança foi encaminhada para o HC-UFU e depois entregue à avó materna.

Grávida de 8 meses é achada boiando em represa com pedra amarrada ao corpo

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