Em coletiva, Polícia Civil acredita que suspeita de matar grávida no Monte Hebron agiu sozinha


A principal suspeita do crime, Aline Roberta Fagundes, durante a coletiva de imprensa realizada na tarde desta terça-feira. Fonte: Fellipe Duarte

Na tarde desta quarta-feira, 6, a Polícia Civil (PC) de Uberlândia deu uma coletiva de imprensa a respeito do assassinato de Gabrielle Barcelos, de 18 anos, na noite da última terça-feira, 5, no Bairro Monte Hebron. A vítima estava grávida e teve o bebê retirado de sua barriga por Aline Roberta Fagundes, de 38, principal suspeita do crime.

O delegado de homicídios, Rafael Herrera, afirmou que a Polícia Civil trabalha com primeira versão dada pela suspeita, na qual ela afirmou que agiu sozinha, devido às primeiras provas que foram coletadas na cena do crime

Rafael também disse que a suspeita modificou seu depoimento pelo menos quatro vezes e que em sua versão mais recente (a mesma que deu em entrevista para membros da imprensa), alegou que o marido, Eder Catarino, teria sido o mandante do crime e que ela apenas chamou Gabrielle para ir até sua casa. Ela também afirmou que uma terceira pessoa teria participado do homicídio, que seria um traficante do Bairro Dom Almir.

Os primeiros levantamentos feitos pela Polícia Civil indicam que Aline realmente levou Gabrielle até sua casa com a alegação que lhe doaria algumas roupas de bebê. Dentro da residência, ofereceu à vítima um suco com gotas de Rivotril, medicamento que um dos filhos da suspeita fazia uso.

Assim que a jovem perdeu os sentidos, Aline utilizou um estilete para fazer a cesárea do bebê. Gabrielle foi a óbito por hemorragia aguda, em decorrência da perda de sangue que sofreu.

As primeiras informações diziam que a suspeita teria estrangulado a vítima antes de fazer a retirada do bebê, mas o exame de necropsia mostrou que um osso do pescoço, conhecido como hioide, estava íntegro, sem qualquer tipo lesão ou rompimento.

Crime premeditado

O delegado confirmou que o crime já teria sido premeditado por Aline há, pelo menos, três semanas.

“Ela estava a mais de três semanas procurando grávidas pelo bairro. Ela teria se aproximado da vítima, Gabrielle, alguns dias atrás, oferecendo roupas para o enxoval da menininha que ia nascer. Ela atraiu a vítima com uma doação de roupas”, disse.

Rafael também confirmou que Aline realmente inventou uma falsa gravidez para Eder e seus familiares. O casal teria se separado há alguns dias e o delegado acredita que a suspeita cometeu o crime por sentir um “amor doentio” por ele. O companheiro estaria fazendo pressão para que ela engravidasse.

“Por ora, a gente acredita que ela envolveu ele dentro de um amor doentio, ela estava fazendo de tudo pra não perder a companhia do Eder, por quem ela era apaixonada, e inventou esse golpe da barriga. Não conseguiu engravidar, e pra sustentar essa mentira, matou (a grávida) por causa desse amor doentio que passa na cabeça dela”, explicou.

Aline Roberta foi presa em flagrante por homicídio qualificado, parto sem consentimento da parturiente e ocultação de cadáver. Ela foi encaminhada para o presídio Jacy de Assis.

Já Eder Catarino foi liberado pela Polícia Civil, pois a perícia não encontrou provas em seu desfavor. Mas novas investigações devem ser feitas pelos próximos 10 dias para descobrir se ele realmente teve envolvimento ou não com o crime.

“Por ora, não tem como a gente afirmar que ele teve participação, não tem nenhum elemento que nos informe, de fato, que ele tenha participação. Ele se diz enganado por ela, assim como toda família dela, a família dele, que todos pensavam que, de fato, estava grávida”, disse o delegado.

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Informações: Polícia Civil e Camila Rabelo

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