Garoto de programa é condenado a 28 anos por latrocínio e ocultação de cadáver de Guilherme Pagotto


Thiago de Matos foi condenado a 28 anos em regime fechado. Ele sorriu ao ser preso

Foi condenado a 28 anos de prisão em regime fechado Thiago de Matos Ferreira, pela morte do jovem Guilherme Duarte Pagotto, de 23 anos, durante um programa sexual. Esta foi apenas uma das mortes violentas de homossexual registradas em 2016.

A TV Vitoriosa ajudava a procurar por Guilherme Pagotto, que estava desaparecido na época, após sair de casa por volta de 3h da madrugada de 24 de outubro, para encontrar com um rapaz. Eles combinaram o encontro por meio de um aplicativo de celular.

As investigações apontaram que Thiago de Matos fez o programa sexual e Pagotto teria se negado a pagar o combinado. Neste momento a vítima foi estrangulada até a morte. O réu confessou o crime e disse ainda que tentou vender o carro de Guilherme na cidade de Veríssimo, após desovar o corpo na MGC-455. O cadáver de Pagotto foi achado dois dias depois em estado avançado de decomposição.

Guilherme Pagotto foi estrangulado com chave de braço. Corpo foi desovado na MGC-455

Thiago recebeu ajuda direta de Deivid Thiago Antonio Pereira, que auxiliou a colocar o corpo dentro do carro da vítima, um Corsa Sedan, para ser desovado. Deivid foi condenado a 2 anos de reclusão, em regime aberto, por ocultação de cadáver.

Já Thiago, além dos 2 anos por ocultação de cadáver, ele recebeu pena de 26 anos de prisão pelo crime de latrocínio, mais 135 dias-multa. Ao ser preso, nossa reportagem flagrou a expressão facial de quem não estava sequer arrependido ou preocupado com as consequências dos atos. Thiago aparece sorrindo (veja na 1ª foto acima).

A defesa queria absolvição do réu por falta de provas.

Thiago de Matos também é acusado da morte de outro homossexual

Morte do dentista Helton Ivo estaria premeditada para a fuga de Thiago

Além da condenação pela morte de Guilherme Pagotto, o garoto de programa Thiago de Matos Ferreira, de 30 anos, também é acusado de matar outro homossexual, no mês seguinte ao primeiro assassinato. O cirurgião dentista Helton Ivo Botelho Cunha, que tinha 36 anos, também marcou encontro pelo aplicativo, na casa de Thiago, no Bairro São Lucas, dia 10 de novembro.

Assim que o dentista chegou ao local, a dupla anunciou o assalto. Mesmo entregando todos os pertences e o carro, Helton foi estrangulado com uma chave de braço até a morte. Por este crime, o autor deverá responder por latrocínio.

A justiça entendeu que as mortes dos homossexuais Guilherme Pagotto e Helton Ivo não foram crimes de homofobia, mas a PC indiciou o acusado pelos dois assassinatos.

Deivid é o dono da casa onde Thiago morava. Mesmo após o homicídio de Guilherme Pagotto, ele permitiu que Thiago retornasse para a residência. O assassino afirmou que iria realizar um novo programa, no qual roubaria um carro para conseguir dinheiro suficiente para voltar para o estado do Amapá, onde tem um filho. O autor é natural de Curitiba-PR e é foragido da Justiça paranaense, onde foi condenado por tráfico de drogas.