Irmãs quebram silêncio de anos e denunciam pai por estupro


Um caso escabroso, repugnante, que aconteceu no interior de Goiás, mas a família nos procurou aqui em Uberlândia para que todos saibam do crime. Duas meninas denunciam o próprio pai, um homem que deveria protegê-las, mas não o fez … pelo contrário, as teria estuprado durante anos.

As duas irmãs cresceram com traumas de memórias sofridas. O pai iniciou os abusos sexuais com Amanda, a filha biológica, quando ela tinha apenas 9 anos. O homem ameaçava a garota a manter relação com ele, senão “os guias espirituais iriam matar a irmã e a madrasta dela”.

Agora adulta ela conta que a mãe foi quem a mandou morar com o pai. “Ele mexia com macumba, com centro espírita e, passados dois meses que eu estava lá, ele alegava que iria fazer uma oferenda de madrugada e me obrigava a ir. Lá ele cometia os abusos.

Com a enteada o homem iniciou os abusos quando a menina tinha 8 anos e só parou quando ela completou 15 anos e engravidou. Mas a menina não sabe se o bebê seria do homem ou do filho dele, que também cometia os estupros. O pai se aproveitou disso para se livrar da culpa.

“Logo depois que minha mãe reatou com o ex-marido dela, meu pai levou a gente para morar em outra cidade e começou. Ele fingia estar encorporado por espíritos como uma forma até de ameaçar e colocar medo na gente. Ele mantinha a gente sob ameaças o tempo todo. A gente cresceu afastado de todo mundo e trabalhando pra ele como se fôssemos “peão””, disse.

Os crimes aconteceram em Minas Gerais, e, para fugir depois de o assunto começar a circular na cidade, ele decidiu se mudar para Rio Verde, no interior de Goiás, com a mulher e as filhas. Crescidas, as meninas conseguiram se casar, sair de casa e seguir a vida.

Mas depois de um desentendimento com o estuprador em um grupo de conversas no WhatsApp, elas decidiram contar tudo à família e procuraram a Polícia para denunciar o pai, em 2017

Carmo Adão Silva, de 55 anos, ficou foragido desde então. Mas recentemente ele foi encontrado no estado do Tocantins. A delegada Jaqueline Camargo foi quem abriu o inquérito e nunca desistiu de encontrar o suspeito. Foi expedido o mandado de prisão pelo fato de o homem não ser localizado. Duas semanas atrás o homem foi localizado e preso.

Chorando, a filha biológica disse ter se sentido envergonhada, humilhada e até mesmo culpada durante muitos anos. E agora só quer que o pai pague pelos crimes.

Informações da repórter Paloma Morais (TV Serra Dourada – SBT)