Mulher denuncia recrutadora de empregos por racismo


A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) ouviu, na manhã desta quinta-feira (14), a cuidadora de idosos Elisângela Carlos Lopes, de 41 anos. Ela prestou depoimento referente a mensagens de teor racista que teria recebido de uma recrutadora de empregos.

Conforme contou em depoimento, Elisângela foi vetada em um processo de seleção haja vista que a empresa contratante exigia que a cuidadora não fosse negra, nem gorda. Ela ainda disse que argumentou com a psicóloga, responsável por intermediar a negociação, sobre a vasta experiência que possuía para ocupar a vaga. No entanto, de acordo com Elisângela, a psicóloga reforçou a exigência da empresa contratante e ainda ofereceu acompanhamento psicológico para a cuidadora.

O caso está sendo investigado pela PCMG e, nos próximos dias, os envolvidos serão intimados para prestar esclarecimentos sobre os fatos. Se confirmada a denúncia, os investigados podem responder pelo crime de racismo, com pena prevista de dois a cinco anos de reclusão. A delegada que coordena as investigações Stefhany Martins, ressalta que o crime de racismo é imprescritível e inafiançável, segundo dispõe a Constituição Federal.

PCMG