‘Operação Zig Zag 2’ combate fraudes de mais de meio bilhão de reais em obras rodoviárias em Uberlândia


A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira, 15/12/2020, com apoio da Controladoria-Geral da União (CGU) e Ministério Público Federal, a Operação Policial “ZIGZAG 2”, para combater corrupção ativa e passiva, peculato, organização criminosa, fraude ao caráter competitivo de procedimentos licitatórios e fraude na execução de contratos.

Trata-se da quarta fase da Operação “ROTA BR-090”, que investiga contratos para obras rodoviárias do DNIT/MG e perfazem um total de mais de 1,1 bilhão de reais. É uma ampliação das investigações sobre duas empresas citadas, visto que também teriam atuado de forma fraudulenta em contratos da região de Uberlândia/MG; além de haver indícios de que teriam se utilizado de uma terceira pessoa jurídica para que o grupo criminoso continuasse atuando na região do Prata, sem chamar a atenção dos órgãos de controle.

Os crimes apurados teriam impingido um prejuízo estimado de mais de meio bilhão de reais aos cofres públicos. Doze servidores foram afastados durante toda a investigação, sendo quatro ex-superintendentes.

Na primeira etapa, servidores públicos e empresas responsáveis pelo desvio de recursos públicos do DNIT na região de Oliveira/MG foram investigados. Apurações posteriores identificaram que a supervisora dos contratos teria participado do esquema delituoso, ocasionando a deflagração da 2ª fase. Duas das empresas investigadas também estariam agindo junto a servidores públicos nas regiões das cidades mineiras de Prata e Teófilo Otoni, resultando na deflagração da 3ª Fase da Operação.

A PF representou por sete mandados de busca e apreensão, uma ordem de afastamento de servidor, bloqueio de quase 50 milhões de reais dos investigados e impedimento de três pessoas jurídicas de contratarem com a Administração Pública; expedidos pela 4ª Vara Federal de Belo Horizonte e cumpridos por 25 Policiais Federais e quatro auditores da CGU no município de Uberlândia.

Além dos crimes já citados, os investigados poderão responder por sanções previstas nas Leis nº 12.846/13 e nº 8.666/93, estando sujeitos a até 40 anos de prisão, se condenados.

O estado de Minas Gerais possui a maior malha rodoviária do Brasil. A precariedade das estradas resulta, todo ano, em centenas de mortes e alto prejuízo econômico. A PF criou um canal de denúncias para auxiliar no combate a crimes que perpetuam essa realidade: rota090.delecor.mg@pf.gov.br.

Seguindo todos os protocolos de cuidados do Ministério da Saúde em face da pandemia do Covid-19, a Polícia Federal continua trabalhando.

Haverá coletiva de imprensa às 10h na sede da PF em Belo Horizonte (R. Nascimento Gurgel, 30, Gutierrez).