Suspeito de assaltar policial poderia ter planejado assassinato


As investigações de um mês e meio da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) indicam que Fabrício Teixeira Loredo, 37 anos, poderia ter planejado o assassinato de um policial militar que viajava com a família, no dia 14 de julho, quando o veículo da vítima enguiçou na Rodovia BR-040, na altura do bairro Belvedere, em Ribeirão das Neves, Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Fabrício foi preso por policiais civis no Aglomerado Morro das Pedras, na capital, onde também é suspeito de envolvimento com o tráfico de drogas. A PCMG suspeita que ele agia como braço direito de Carlos Alexandre da Silva Juscelino, o “Nem Sem Terra”, o maior traficante daquela localidade, preso no dia 4 de abril pela Polícia Civil e integrante de uma organização criminosa com base em São Paulo.

No dia do crime, o policial militar retornava com a família do interior do estado, e um dos veículos apresentou defeito, obrigando todos a pararem às margens da rodovia, momento em que quatro suspeitos, em outro automóvel, cercaram as vítimas e iniciaram o assalto. O policial militar, percebendo a atividade criminosa, efetuou disparos contra os assaltantes. Um dos tiros disparados por Fabrício, na ocasião, acabou por acertar a esposa do militar, perfurando o pulmão dela, e atingindo de raspão a sobrinha dela. Todos sobreviveram aos disparos e hoje passam bem.

Antes da notícia do crime, a PCMG já monitorava Fabrício, que estava foragido desde o dia 18 de maio do Sistema Prisional em Ribeirão das Neves. Os policiais civis obtiveram a informação então de que, por conta do assalto, ele teria voltado a se esconder no Aglomerado Morro das Pedras, onde foi preso no dia 20 de julho, após perseguição policial. Na ocasião, foi cumprido também um mandado de prisão por recaptura aberto desde 2002.

“Há uma linha de investigação indicando que poderia ter sido planejada execução do militar, mas as investigações continuam e não podemos dar certeza por enquanto”, afirmou o titular da 1ª Delegacia Especializada de Investigação e Repressão ao Furto e Roubo do Departamento Estadual de Investigação de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri), Delegado Rafael Horácio. “Ressalta-se que se trata de um indivíduo muito perigoso, com mais de 20 páginas de antecedentes criminais, com passagens por latrocínio, tráfico, porte ilegal de arma de fogo e diversos outros”, complementou.

O Chefe de Divisão do Depatri, Delegado Vicente Guilherme Ferreira, destacou a importância da prisão de um dos homens mais influentes do tráfico no Morro das Pedras. “Me sinto orgulhoso de ser policial civil e trabalhar com pessoas tão comprometidas com a Segurança Pública. Nós estamos desenvolvendo várias investigações de impacto com o objetivo de trazer a paz para a sociedade mineira”, finalizou.

PCMG