Confusão e prisão – manifestantes e jornalista são retirados à força da câmara de Frutal


Uma confusão interrompeu a reunião ordinária da Câmara de Frutal, no Triângulo Mineiro, na segunda-feira, 18. Uma mulher que manifestava contra gastos excessivos com obras da Casa Legislativa foi retirada à força por ordem do presidente e acabou presa. Outras duas pessoas também foram retiradas da plenária com uso de força.

Nas imagens feitas por populares presentes na sessão podemos ver o momento em que uma mulher é retirada à força por um policial militar e dois seguranças. Do lado de fora a confusão continuou. Houve uma discussão entre ela e os policiais e a mulher acabou presa.

Outro vídeo mostra um jornalista que fazia a cobertura da reunião também sendo colocado para fora.

A confusão começou depois de uma manifestação por conta da construção de um novo espaço da câmara de vereadores da cidade. Depois de um impedimento jurídico a obra foi embargada. O valor gasto até o momento ultrapassa os R$ 500 mil.

A confusão começou depois que o presidente da câmara pediu para retirar a mulher que aparece no primeiro vídeo. Segundo ele, a alegação é por pertubação do sossego.

Outras pessoas tentaram entrar no prédio, mas também são impedidas por seguranças de acompanharem a reunião. Segundo os vigilantes, a presidência da Câmara fez a determinação de ninguém mais entrar.

De acordo com os manifestantes, apenas a justiça está investigando o caso da obra embargada e eles foram cobrar investigação por parte dos vereadores sobre os gastos. Nossa equipe entrou em contato com a Câmara Municipal para saber um posicionamento.

Em nota, a assessoria informou que foi solicitada a retirada das três pessoas do plenário com base no regimento interno, que proíbe qualquer tipo de manifestação de apoio ou desagravo no local, bem como afixação de cartazes ou outras formas de intervenção nas sessões. Informou ainda que há seis meses o mesmo grupo de pessoas tem tumultuado as sessões ordinárias, proferindo xingamentos, ameaças e ofensas aos vereadores e servidores da câmara. Também relata ter tentado uma solução amigável, o que não ocorreu. A nota finaliza dizendo que as sessões são abertas ao público, mas é preciso respeitar as regras.