CPI é montada para investigar irregularidades em contratos do transporte público em Uberlândia


Um grupo formado por nove vereadores, encabeçado pelo vereador Thiago Fernandes, montou uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar e fiscalizar a situação econômica e financeira das empresas concessionárias do Transporte Público Coletivo de Uberlândia. O objetivo é apurar eventuais irregularidades contratuais das empresas com a Prefeitura. Um possível esquema de fraude envolvendo esses contratos também já é alvo de investigação do Ministério Público.

Estas empresas pediram ajuda financeira à Prefeitura de Uberlândia que concedeu um aporte de R$ 20 milhões para ser dividido em 4 meses, durante a pandemia do coronavírus. Os recursos porém não foram repassados devido à retirada do projeto de lei do executivo da Câmara, a pedido do Ministério Público.

O pedido de abertura da CPI foi entregue ao presidente da Câmara Ronaldo Tannus nesta sexta-feira, 15, pelos vereadores Thiago Fernandes, Adriano Zago, Walquir Amaral e Professor Edilson Graciole, e contam com as assinaturas dos parlamentares Delfino Rodrigues, Dra Jussara Matsuda, Misac Lacerda, Odair José, e Paulo César PC.

O aporte financeiro para as empresas chegou a ser anunciado nas redes sociais do prefeito da cidade, no entanto, o Ministério Público pediu a suspensão da votação na câmara dos vereadores.

A recomendação feita pelo Ministério Público Estadual pede que as empresas apresentem à Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor, um relatório contendo todas as informações financeiras, econômicas, fiscais e trabalhistas no período entre 2018 e 2020.

O presidente da casa, Ronaldo Tannus, disse que seguirá o regimento interno e procederá com isenção.

“Vamos fiscalizar e investigar o alegado desequilíbrio financeiro, bem como a regularidade da contratação dos serviços, pagamentos, e a renovação da concessão por mais 10 anos, que foi decretada ano passado pelo Prefeito Odelmo. O povo de Uberlândia saberá de forma transparente e na forma da Lei, como foram gastos milhões de reais dos recursos públicos do contribuinte, na prestação desses serviços”, disse Thiago Fernandes.

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