Divonei Gonçalves diz que Prefeitura ‘nunca deu dinheiro para empresas de ônibus’ e justifica o aporte de R$ 20 milhões


Divonei Gonçalves, Secretário de Trânsito e Transportes fala na tribuna da Câmara sobre o transporte coletivo urbano na cidade – Foto: Site da Câmara Municipal

O titular da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (Settran) Divonei Gonçalves ocupou a tribuna da Câmara Municipal para prestar esclarecimentos aos vereadores sobre a situação do transporte coletivo urbano em Uberlândia, cujos motoristas estão em greve há mais de uma semana. Segundo o secretário Divonei Gonçalves neste momento de crise todos: Prefeitura, Legislativo, empresas e indústrias têm um único objetivo que é a volta à normalidade.

O secretário considera que todos estão sofrendo dificuldades mas que diuturnamente a Settran está atuando para o oferecimento do transporte urbano observando a oferta de carros, demanda de passageiros e a crise no sistema; crise essa que gera aglomerações nos ônibus e nos terminais em horários de picos pela manhã e ao anoitecer. Divonei Gonçalves lembrou que antes o sistema operava com cerca de 3,6 milhões de passageiros e hoje apenas 1,6 milhões e que o transporte público não recebe subsídios, é o usuário quem paga.

A redução da demanda chegou a 80%, disse Divonei, mas os custos continuam e isso impacta no custo da tarifa e queda da receita das empresas e por isso o repasse de recursos que aconteceu ano passado, mas que a Prefeitura nunca deu dinheiro para empresas de ônibus e nunca vai dar, mas o aporte de recursos foi necessário para bancar os custos e garantir o transporte coletivo naquele momento da pandemia não para investimentos ou compra de veículos. Segundo ele se a Prefeitura não tivesse atuado o custo seria repassado para os passageiros e a tarifa teria reajustes.

O número de passageiro fora do sistema chegou a 2 milhões e a frota foi adaptada a essa redução em número de carros mas que todo o sistema continua operando com os mesmos custos fixos. O problema do transporte urbano, disse Divonei, é nacional por isso é preciso entender como funciona o negócio e o sistema para poderem ajudar e oferecerem alternativas. Sobre a transparência do sistema Divonei informou que ele todo é informatizado e informa em tempo real o uso do sistema e relatórios diários sobre as empresas, horários, tipos de usuários: estudante, idoso, funcionário das empresas e os usuários comuns.

O controle de qualidade do sistema é realizado pela WRI-Brasil, empresa que atua em mais de 17 países e que o aplicativo UdiBus dá acesso a todo sistema de transporte na cidade: terminais, estações, pontos principais, horários de partidas e chegadas. Quanto à greve Divonei informou que a Justiça determinou que 60% da frota esteja em operação mas que operando são entre 15% e 18%. Divonei Gonçalves sugeriu aos vereadores que possam discutir a intercalação do horário comercial nos horários de picos e subsídios às empresas e, segundo ele, muitas das denúncias apresentadas não têm fundamento e que é preciso filtrar o que é ou não verdade.