Escritórios de advocacia de Uberlândia e políticos da região são investigados pelo Gaeco


O escritório de advocacia de Uberlândia, Ribeiro Silva Advogados Associados, citado em reportagens da TV Vitoriosa sobre possível facilitação de contratação pela Prefeitura Municipal para serviços jurídicos é investigado pelo Ministério Público de Minas Gerais na Operação Isonomia.

A Operação foi deflagrada nesta manhã de terça-feira, 23, por meio do Gaeco de Uberlândia e da Coordenadoria Regional das Promotorias do Patrimônio Público, com o apoio do núcleo de Patos de Minas do Gaeco de Uberaba.

Políticos da região estão presos. O prefeito de Perdizes, Fernando Marangoni foi autuado em flagrante delito por corrupção passiva. Marangoni foi flagrado recebendo R$ 20 mil, segundo o MPE, dinheiro este ilícito. E o ex-prefeito de Canápolis, Diógenes Borges, por porte ilegal de arma de fogo.

Foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão e um mandado de condução coercitiva nas cidades de Uberlândia, Canápolis, Carmo do Paranaíba e Presidente Olegário.

A Operação Isonomia investiga os crimes de organização criminosa, tráfico de influência, corrupção passiva, corrupção ativa e lavagem de dinheiro.

A TV Vitoriosa tentou contato por telefone com a Ribeiro Silva ao longo da manhã, sem sucesso.

Contratação de empresas de serviços advocatícios é investigada na região

A investigação apura a contratação, por parte de inúmeras Prefeituras Municipais da região do Triângulo Mineiro e do Alto Paranaíba, de escritório de advocacia situado em Uberlândia para prestação de serviços de compensação de créditos tributários.

De acordo com o Ministério Público, as contratações se davam mediante inexigibilidade de licitação e eram levadas a efeito em razão de tráfico de influência exercido por outro escritório de advocacia também situado em Uberlândia.

Os lucros advindos da prestação de serviços eram divididos isonomicamente, ou seja, 50% (cinquenta por cento) para o escritório responsável por influenciar os municípios a fazer a contratação; 50% (cinquenta por cento) para o escritório contratado e responsável pela efetiva prestação de serviços.

Em alguns dos municípios houve a solicitação, por parte do Prefeito Municipal responsável pela contratação, de pagamento de vantagem ilícita, no valor de 20% do valor efetivamente pago a título de honorários; parte dos valores solicitados foram pagos.

A operação contou com a participação de 45 policiais militares e rodoviários federais, 12 viaturas policiais e 4 Promotores de Justiça.

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