Juro do cartão de crédito rotativo vai para 317,5% em outubro


A taxa de juros do cartão de crédito rotativo para o chamado cliente regular, que paga o mínimo de 15% da fatura dentro do prazo regular, saiu de 268,1% ao ano em setembro para 285,7% em outubro, de acordo com  dados divulgados hoje pelo Banco Central.Nas operações com cartão de crédito rotativo de pessoas físicas, os juros bancários cobrados das pessoas físicas subiram de 309,7% ao ano, em setembro, para 317,5% ao ano em outubro.

Já a taxa do parcelado do cartão saiu de 142% para 148,6%. Para o cliente não regular, que não fez nem o pagamento mínimo, a taxa foi de 339,4% no antepenúltimo mês de 2020, contra 336,8% em setembro.

Assim, a taxa de juros total do rotativo do cartão de crédito saiu de 62,4% para 61,2% em outubro.

O rotativo é a linha de crédito pré-aprovada no cartão e inclui também saques feitos na função crédito do meio de pagamento. No caso de inadimplência do cliente, o banco deverá parcelar o saldo devedor ou oferecer outra forma para quitar a dívida em condições mais vantajosas dentro de 30 dias.

Em outubro, nas operações para pessoas físicas, a o juro médio passou de 38% para 38,9% ao ano na comparação com setembro, e, para as empresas, a taxa média avançou de 11,5% para 12% ao ano.

No cheque especial, a taxa de juros cobrada ficou em 112,9%, vinda de 114% em setembro.

De acordo com o BC, o chamado “spread” bancário médio com recursos livres passou de 21,2 pontos percentuais, em setembro, para 21,5 pontos percentuais em outubro. O spread é a diferença entre quanto os bancos pagam pelos recursos e quanto cobram dos clientes.

Nas operações com pessoas físicas, houve alta de 32,8 pontos em agosto para 33,4 pontos em setembro deste ano. Com isso, o “spread” bancário ainda segue em patamar elevado para padrões internacionais.

O “spread” é composto pelo lucro dos bancos, pela taxa de inadimplência, por custos administrativos, pelos depósitos compulsórios (que são mantidos no Banco Central) e pelos tributos cobrados pelo governo federal, entre outros.

O saldo das operações de crédito do SFN alcançou R$3,9 trilhões em outubro, crescendo 1,4% no mês, com aumentos de 1,7% em pessoas físicas (saldo de R$2,2 trilhões) e de 1% na carteira de pessoas jurídicas (saldo de R$1,7 trilhão). Em doze meses, o crescimento da carteira total acelerou de 13,4% para 14,5%, resultado de expansões nos créditos às empresas (de 18,9% para 21,1%) e às famílias (de 9,4% para 9,8%).

SBT