Crescimento é primordial para manter mais pessoas no mercado de trabalho e financiar pensões
Autoridades chinesas anunciaram, nesta terça (16.ago), um novo pacote de benefícios para incentivar as famílias a terem mais filhos, recuperando a taxa de natalidade do país. De acordo com a Comissão Nacional de Saúde, as diretrizes políticas englobam um maior investimento com a saúde reprodutiva e serviços de assistência infantil.
No geral, todas as províncias deverão garantir subsídios e redução de impostos em processos ou medicamentos que aumentem a fertilidade, bem como aumentar o apoio em educação, moradia e trabalho para as famílias jovens. Além disso, os locais deverão contar com creches suficientes para crianças entre dois e três anos.
O anúncio acontece em meio a diminuição da taxa de natalidade chinesa, que, segundo autoridades, pode resultar na queda do número de habitantes em 2025. Dados do Departamento Nacional de Estatísticas, por exemplo, apontaram que a taxa de nascimentos ficou em 7,52 em 2021, o menor patamar da série histórica — iniciada em 1949.
Os esforços para aumentar o número de recém-nascidos vêm desde 2016, quando o governo aboliu a política do filho único, que estava em vigor há mais de 30 anos. As medidas começaram a ser reforçadas no ano passado, quando o país passou a permitir três filhos por casal e anunciou novos benefícios para as famílias.
O custo de vida e as mudanças culturais, no entanto, dificultam o desejo dos habitantes de ter mais filhos. O cenário é preocupante, uma vez que o crescimento da taxa de natalidade é primordial para manter mais pessoas no mercado de trabalho e financiar pensões e serviços de saúde aos idosos.
