Menino caiu em área gramada após ser arremessado da janela; suspeito foi preso em flagrante
Uma criança de 4 anos sobreviveu após ser jogada do quinto andar de um prédio pelo padrasto, na tarde deste sábado (10), em Patos de Minas. O menino caiu em uma área gramada do condomínio no bairro Ipanema e, apesar da altura, sofreu apenas ferimentos leves. O suspeito foi contido por moradores e preso em flagrante pela Polícia Militar.
De acordo com testemunhas, momentos antes da queda, foi possível ouvir gritos vindos do apartamento. Uma moradora do segundo andar relatou ter escutado a criança gritar repetidamente “não, não, não” antes de um forte impacto. Ao olhar pela janela, viu o menino caído no gramado. Já outra moradora, do térreo, afirmou que ouviu a criança dizer: “Ele me jogou, ele me jogou”, enquanto recebia os primeiros socorros do marido dela, que pulou a janela para ajudá-lo.
Uma terceira testemunha afirmou ter visto o momento em que o suspeito segurava a criança pela janela e a soltava em seguida.
A mãe do menino contou que havia se mudado com o companheiro e o filho para o apartamento naquele mesmo dia. Ela relatou que o suspeito consumiu bebidas alcoólicas desde a manhã e também fez uso de maconha ao longo do dia. Durante a tarde, enquanto tomava banho, deixou o filho com o padrasto na sala. Antes de iniciar o banho, ouviu o menino gritar “Não, mano, não, mano”, usando o apelido pelo qual chamava o padrasto. Em seguida, escutou o homem dizendo “Ó brow, ó brow”, como se estivesse brincando. Logo depois, houve silêncio até que o companheiro a chamou, dizendo em tom sério que o menino havia caído.
Ao correr até a janela, viu o filho no chão e desceu rapidamente para socorrê-lo. A criança teria repetido diversas vezes: “O mano me jogou da janela”.
Segundo moradores, o suspeito tentou fugir, mas foi impedido por vizinhos na portaria do condomínio. A mãe permaneceu com o filho nos braços até a chegada do SAMU. Ela ainda revelou que o companheiro costumava fazer brincadeiras perigosas com a criança, como jogá-la para o alto, o que sempre a deixava apreensiva.
O autor, por sua vez, alegou que estava mostrando a vista ao menino quando ele teria caído acidentalmente. Disse que não agiu por maldade e que tratava a criança como se fosse seu próprio filho.
O garoto foi socorrido pelo SAMU em estado de choque e encaminhado ao Hospital Regional. Exames apontaram apenas uma escoriação leve no queixo. Apesar da gravidade do ocorrido, a criança escapou com ferimentos mínimos.