Atlético pode acabar com equipe de transição como medida de corte de gastos


A equipe de transição, criada pelo Atlético no início desta temporada, quando o clube ainda tinha Rui Costa como diretor de futebol e o venezuelano Rafael Dudamel como treinador, pode ser desfeita.

E a decisão não tem relação com a demissão dos dois profissionais que comandavam o futebol alvinegro e as chegadas de Alexandre Mattos e Jorge Sampaoli para os dois cargos, respectivamente. A medida faz parte do enfrentamento da grave crise que o futebol mundial vive a partir da pandemia do novo coronavírus.

Nas suas participações em lives pela TV Galo, desde o início do isolamento social, o presidente Sérgio Sette Câmara destacou sua preocupação com o futuro financeiro do clube.

Uma medida forte já foi tomada, no início desta semana, com o corte de 25% nos salários de todos os funcionários com renda mensal superior a R$ 5 mil.

Demissões de profissionais da base também aconteceram. Numa das suas conversas diretas com o torcedor, o presidente alvinegro, que é advogado, deixou claro que as questões trabalhistas não são simples de ser resolvidas. E que qualquer desligamento gera custo, pois é preciso fazer o acerto com o ex-funcionário, numa demonstração clara de que o só vai agir com dinheiro em caixa para pagar as rescisões.

Estudo

Mas as medidas tomadas até agora têm pouco efeito diante do cenário de incertezas. E uma fonte do Atlético, ouvida pelo Hoje em Dia, garante que está sim, em estudo pelo clube, o fim do projeto do time de transição, que contava basicamente com atletas que já não podiam mais atuar no sub-20, mas não estavam sendo aproveitados no grupo principal. O estudo está sendo feito diretamente pelo presidente Sérgio Sette Câmara e pelo novo diretor de futebol, Alexandre Mattos.

Algumas promessas, que já tiveram passagem pela equipe principal, também fazem parte deste grupo de transição, que é comandado por Leandro Zago, ex-treinador do sub-20 alvinegro. Inicialmente, o projeto previa o seguimento do trabalho de formação desses atletas e a utilização deles pelo grupo principal para jogos-treino ou mesmo para que eles pudessem completar algum trabalho.

Inclusive, o trabalho de coordenação da equipe de transição está nas mãos do ex-capitão Leonardo Silva, que encerrou sua carreira de jogador no ano passado e passou a ter essa como uma das suas funções dentro do clube.

Não havia a previsão de disputa de uma competição, como o Atlético já fez em 2017, no último ano do mandato de Daniel Nepomuceno, quando o clube jogou a Segunda Divisão do Campeonato Mineiro com um time B. Na temporada seguinte, a primeira de Sérgio Sette Câmara à frente do clube, o projeto foi abortado.

A reportagem fez contato com a assessoria de comunicação do Atlético, que afirmou não ter informações sobre o estudo de enceramento de atividade do time de transição.

Hoje em Dia