Cruzeiro e América duelam no Mineirão e brigam por fim de jejum no Brasileiro


América e Cruzeiro tentam retomar caminho das vitórias após ‘escorregarem’ antes da Copa do Mundo. Fonte: Alexandre Guzanshe e Edésio Ferreira/E.M/D.A.Press

O clássico entre Cruzeiro e América é uma das atrações do encerramento da 13ª rodada do Campeonato Brasileiro, a primeira depois da paralisação para a Copa do Mundo. As equipes se enfrentam às 19h30 desta quinta-feira, no Mineirão, e brigam para encerrar seus jejuns de vitórias na competição. Foi exatamente na nona rodada, em 3 de junho, que a dupla ganhou pela última vez: a Raposa bateu o Ceará por 1 a 0, no Castelão, e o Coelho fez 3 a 1 sobre o Atlético-PR, no Independência.

Depois do último triunfo, o Cruzeiro empatou com o Vasco por 1 a 1, no Mineirão; perdeu para a Chapecoense por 2 a 0, na Arena Condá; e empatou com o Paraná por 1 a 1, na Vila Capanema. Por sua vez, o América foi derrotado por Atlético (3 a 1, no Independência) e Grêmio (1 a 0, na Arena do Grêmio), além de ter ficado na igualdade com a Chapecoense (0 a 0, no Independência). O time comandado pelo técnico Mano Menezes encerrou a fase ‘pré-Copa’ na oitava posição, com 18 pontos. O alviverde aparece em 13º, com 14.
O Cruzeiro defenderá um tabu de mais de 16 anos sem perder para o América no Mineirão. O último revés no estádio ocorreu em 19 de maio de 2002, pelo Supercampeonato Mineiro – 1 a 0, gol do meia Tucho. De lá para cá houve 16 duelos, com nove vitórias cruzeirenses e sete empates. Foram 30 gols celestes, contra apenas 12 americanos.
Já o Coelho ganhou da Raposa pela última vez em 16 de abril de 2016, por 2 a 0, pelo jogo de ida das semifinais do Campeonato Mineiro. Na ocasião, o zagueiro Adalberto e o atacante Victor Rangel anotaram os gols da equipe, que viria a ser campeã da competição ao vencer o Atlético na decisão (vitória por 2 a 1, no Independência, e empate por 1 a 1, no Mineirão).
No geral, o retrospecto aponta 364 duelos desde julho de 1921, quando ocorreu o primeiro clássico. São 153 vitórias do Cruzeiro, 101 do América e 110 empates.

Barcos em campo

Mandante do clássico, o Cruzeiro terá o atacante Hernán Barcos, regularizado no Boletim Informativo Diário da CBF, como novidade na equipe. O técnico Mano Menezes confirmou que o jogador de 34 anos estreará nesta quinta-feira, porém não divulgou se será na condição de titular ou como suplente. É que o treinamento dessa quarta-feira, na Toca da Raposa II, foi fechado à imprensa.
Se escalar Barcos desde o começo, Mano poderá optar pela saída de Rafael Sobis, sem mexer na estrutura da equipe, ou Thiago Neves. O segundo cenário obrigaria o treinador a realizar mudanças no posicionamento: Sobis passaria a atuar pelo lado direito, Rafinha ficaria na esquerda e Arrascaeta seria o armador. Essa escolha não está descartada, já que Thiago, apesar de ser o artilheiro do time em 2018, com nove gols, vem de atuações improdutivas. Tanto que chegou a ser vaiado pela torcida no empate por 1 a 1 com o Atlético-PR, nessa segunda-feira, no Mineirão, pelo jogo de volta das oitavas de final da Copa do Brasil.
Um jogador acostumado a fazer bons clássicos contra o América é o meia Arrascaeta, autor de seis gols em 10 confrontos. Com ele em campo, o Cruzeiro venceu cinco, empatou quatro e perdeu apenas um. Em 2018, pela primeira fase do Campeonato Mineiro, o camisa 10 marcou um belíssimo gol de voleio, após assistência de Edilson, e assegurou o placar de 1 a 0.
Maior artilheiro celeste no novo Mineirão, com 27 gols, Arrascaeta está em vias de se tornar o grande goelador estrangeiro do clube. Se balançar a rede mais três vezes em 2018, o uruguaio, que soma 43 gols, ultrapassará o espanhol Fernando Carazo (44) e o boliviano Marcelo Moreno (45).

Drubscky no comando

Sem nenhuma contratação em campo, o América terá no seu banco de reservas a grande novidade para o segundo semestre. Trata-se do técnico Ricardo Drubscky, que deixou o cargo de diretor de futebol em junho para assumir a vaga de Enderson Moreira, contratado pelo Bahia. O novo comandante preparou o time durante a intertemporada e deverá modificar o esquema tático, passando do 4-2-3-1 para o 4-3-1-2. O volante Wesley deverá ser titular ao lado de Leandro Donizete e Juninho. Mais à frente, Ruy pode ser o substituto de Serginho, negociado com o Kashima Antlers-JAP. O ataque tem Rafael Moura como referência. Marquinhos, Gerson Magrão e Ademir postulam a parceria com o ‘He-Man’ no setor ofensivo.
“Acreditamos que o nosso time está, sim, bem preparado. Temos uma convicção bem forte daquilo que a gente quer colocar em campo. Escolhemos a opção de segurar um pouco a definição e a mostra do time que irá a campo, mas digo que certamente será uma equipe forte e que terá argumentos tanto para defender quanto para atacar”, afirmou Drubscky, que terá pelo menos seis desfalques no clássico. Aylon, Luan, Lima, Renan Oliveira e Jori estão no departamento médico. Já Judivan só poderia jogar caso o América pagasse uma multa ao Cruzeiro, detentor dos direitos federativos e econômicos do atacante.
Ricardo Drubscky fará o 26º jogo como técnico do América. Na passagem anterior, em 1996, obteve 11 vitórias, sete empates e sete derrotas, com aproveitamento de 53,33%. Com ele, o time ficou em quinto lugar na Série B.
O clássico desta quinta-feira será especial para o atacante Rafael Moura, que completará 500 jogos como profissional. Em 14 anos de carreira, o veterano de 35 anos contabilizou 161 gols. Pelo América, em 2018, marcou cinco vezes em 21 partidas.
CRUZEIRO X AMÉRICA
CRUZEIRO
Fábio; Edilson, Dedé, Leo e Egídio; Henrique e Lucas Silva; Arrascaeta, Thiago Neves (Hernán Barcos) e Rafinha; Rafael Sobis
Técnico: Mano Menezes
AMÉRICA
João Ricardo; Norberto, Messias, Matheus Ferraz e Carlinhos (Giovanni); Leandro Donizete, Juninho, Wesley e Ruy (Gérson Magrão); Marquinhos (Ademir) e Rafael Moura
Técnico: Ricardo Drubscky
Motivo: 13ª rodada do Campeonato Brasileiro
Estádio: Mineirão
Data: quinta-feira, 19 de julho de 2018
Horário: 19h30
Árbitro: Raphael Claus (Fifa/SP)
Assistentes: Alessandro Álvaro Rocha de Matos (Fifa/BA) e Rogério Pablos Zanardo (CBF/SP)
Assistentes adicionais: Thiago Duarte Peixoto (CBF/BA) e Rodrigo Guarizo Ferreira do Amaral (CBF/SP)
Ingressos nas bilheterias: Amarelo/Laranja Inferior – R$ 40; Vermelho Inferior – R$ 50; Amarelo/Laranja Superior – R$ 50; Vermelho Superior – R$ 60; Roxo Superior (visitante) – R$ 120; Vermelho Inferior (cadeirante) – R$ 20
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