São Paulo cede empate ao Palmeiras no fim e não tem mais chance de título


Em uma partida de baixa qualidade, nervosa e com muita reclamação da arbitragem, São Paulo e Palmeiras empataram por 1 a 1, na noite desta sexta-feira, no Morumbi. O resultado encerrou qualquer chance de conquista do título do Brasileirão para o time tricolor.
O jogo foi truncado, com faltas duras e com gols na parte final da partida. O time alviverde reclama muito de um pênalti, não marcado na primeira etapa, num lance em que o VAR sequer foi acionado.
Em campo, logo no início, o São Paulo sofreu uma baixa importante. Gonzalo Carneiro subiu para disputar uma bola com o zagueiro Luan e caiu no gramado. Ele ainda tentou voltar à partida, mas não teve condições e acabou sendo substituído por Pablo.
Era com Carneiro que o São Paulo planejava ganhar as disputas pelo alto. Sem o atacante uruguaio, o time pareceu travado em campo. Seus meias perdiam tempo em toques para o lado, sem objetividade. Do outro lado, o Palmeiras tentava ser rápido na transição. De pé em pé, a bola saía da defesa, chegava ao meio-campo, mas logo se perdia no ataque.
A primeira grande chance surgiu aos 15 minutos. Matías Viña recebeu pela esquerda e cruzou rasteiro, com força para a área. Bruno Alves e Luiz Adriano se enroscaram – o zagueiro são-paulino usa o braço para ganhar espaço. O Palmeiras pediu a marcação do pênalti, mas o jogo seguiu sem interferência do VAR.
Aos 22 minutos, mais uma boa trama para o Palmeiras, desta vez pela direita. Patrick de Paula fez o pivô e ajeitou a bola para Willian, de frente para o gol. Mas na hora da finalização, o atacante alviverde furou e perdeu a chance.
Após quase 25 minutos sem assustar o rival, o São Paulo chegou com muito perigo no final da primeira etapa e teve a melhor chance de gol dos primeiros 45. Patrick de Paula não alcançou a bola no meio-campo e ela sobrou para Juanfran. O lateral espanhol levantou para a área e Igor Gomes recebeu sozinho na segunda trave. Livre, o meia bateu com força e a bola passou raspando o travessão do goleiro Weverton.
O segundo tempo começou, mas as duas equipes continuaram apresentando um futebol pobre. A primeira oportunidade de gol surgiu apenas aos dez minutos. Após cobrança de escanteio de Raphael Veiga, a bola foi desviada pela defesa e Felipe Melo pegou de primeira, fácil para Volpi.
Aos 11, Willian saiu jogando errado e a bola sobrou para Tchê Tchê. Perto da área, ele poderia ter acionado Daniel Alves, que entrava em velocidade, livre, pela direita. O meia preferiu arriscar para o gol, mas a bola passou à direita de Weverton.
O jogo ganhou emoção aos 27 minutos, após a bola sobrar pela esquerda para Toró, que havia entrado no lugar de Igor Gomes. Ele cruzou para a área, mas a bola desviou no braço de Mike. Acionado pelo VAR, Leandro Pedro Vuaden assinalou o pênalti. Após muita reclamação do Palmeiras, Luciano foi para a bola e mandou no ângulo, sem chances para Weverton.
Abel Ferreira esbravejava contra a arbitragem do lado de fora, fez suas mudanças, e mandou o time partir para cima. Mas aos 36, Luciano obrigou Weverton a fazer grande defesa. Depois, até o fim, o São Paulo congestionou o meio-campo e queria segurar a vitória. Queria.
Aos 47 da segunda etapa, Gustavo Scarpa abriu para Rony na esquerda. Ele ficou no mano a mano com Juanfran, cortou o espanhol para o lado e bateu firme. A bola desviou em Luan e morreu no fundo gol de Volpi.
O título do Brasileirão, que esteve muito perto do Morumbi, escorregou pelas mãos do São Paulo, o terceiro colocado, com 63 pontos, um a mais que o Atlético. Ao Palmeiras, resta se reorganizar e se preparar para a final da Copa do Brasil. O time é o sexto do Nacional, com 57.
Itatiaia