Sesi-SP e Cruzeiro reeditam duelos decisivos e abrem final da Superliga Masculina


Central cubano Simón, de 30 anos, busca feito na decisão da Superliga contra paulistas Fonte: Flávio Perez

Sesi-SP e Cruzeiro abrem, neste sábado, a final da Superliga Masculina de vôlei. O duelo será no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, às 15h. A competição será decidida, assim como no feminino, em dois jogos, sendo o de volta marcado para o Mineirinho, em Belo Horizonte, no dia 6 de maio (domingo), às 9h. Caso o perdedor da primeira partida vença na segunda, o torneio será disputado no Golden Set, que é um set extra de 25 pontos.

Esta será a quarta partida entre Sesi e Cruzeiro em uma decisão de Superliga. Em 2010/11, a Raposa recebeu os paulistas no Mineirinho e saiu derrotada por 3 sets a 1. A revanche celeste veio ‘parcelada’. As equipes se reencontraram, também em Belo Horizonte, nas edições 2013/14 e 2014/15. O Cruzeiro levou a melhor nas duas ocasiões, por 3 a 0 e 3 a 1, respectivamente. Os dois clubes também protagonizaram duas finais de Copa Brasil, em 2014 e neste ano, ambas vencidas pelos mineiros.

Esta será a oitava final consecutiva de Superliga disputada pelo Cruzeiro, que busca o hexacampeonato. Com essa nomenclatura, o torneio foi criado em 1994 e tem justamente no time celeste o seu maior campeão, com cinco troféus, seguido por Minas e Florianópolis, com quatro. O Sesi tem um troféu nacional e tenta o bicampeonato.

Se forem levados em conta todos os títulos nacionais de voleibol a partir de 1976, o Minas é o maior campeão, com sete taças, seguido pelo Banespa e o Cruzeiro, com cinco.

O Campeonato Brasileiro de Clubes de Vôlei foi realizado entre 1976 e 1987. De 1988 até 1994, o principal torneio do país teve o nome de Liga Nacional de Voleibol.

Cruzeiro afiado no saque

O Cruzeiro aposta bastante no saque para quebrar a recepção adversária e gerar contra-ataques para o time. Sem contar os aces. Disso, o central Simón entende. O cubano, de 30 anos, considerado o melhor do mundo na posição, está próximo de alcançar uma marca impressionante. Ele está a cinco aces de completar 60 numa só competição. A expectativa é de que ele consiga o feito nos dois jogos da final.

Os números de Simón nesse fundamento impressionam. Até aqui, em 103 saques arremessados na Superliga, 55 se converteram em pontos, aproveitamento de 53,4%. Nos treinos do Cruzeiro durante a semana, ele conseguiu cravar a bola no chão em 128 km/h durante o saque.

“Nós trabalhamos muito bem o saque, treinamos muito e espero que a gente jogue bem. Mas não dependemos somente do saque, é um conjunto. É mais um jogo importantíssimo para o nosso time. Eles vão jogar para ganhar, nós também vamos e são dois times que se conhecem bastante. Nosso time está bem e espero que a nossa equipe faça uma boa partida e consiga essa vitória tão importante”, diz Simón.

Líder da fase classificatória, com 57 pontos (oito a mais que o vice-colocado Sesc-RJ), o Cruzeiro passou com tranquilidade pelo Canoas nas quartas de final, vencendo dois jogos da série melhor de três. Entretanto, a Raposa teve momentos de apuros na competição enfrentando o Taubaté, na semifinal. O time celeste chegou a perder as duas primeiras partidas da melhor de cinco, mas reagiu e venceu as últimas três.

Sesi-SP conta com ex-Cruzeiro para faturar título

Nas outras sete finais do Cruzeiro na Superliga, o responsável por municiar o time nos ataques era o levantador William. Mas, na oitava decisão do time celeste, o ‘Mago’ estará do outro lado da quadra, defendendo a camisa do Sesi. Aos 38 anos, o veterano é uma das principais armas do técnico Rubinho, ao lado do ponteiro Lipe, do central Lucão e do oposto Alan, formado na base da Raposa.

Além deles, o Sesi conta com o líbero Murilo. Presente no time paulista desde o início do projeto, em 2009/10, ele disputará sua primeira final na nova posição. Antes ponteiro, o camisa 8 se tornou líbero em função dos recorrentes problemas no ombro. “Foi um desafio mudar de posição, mas ao virar líbero ganhei uma sobrevida no vôlei. Foi a melhor escolha que fiz, e é prazeroso disputar uma final em uma posição diferente”, afirmou.

E um dos desafios de Murilo nesta tarde será recepcionar os ‘violentos’ saques do Cruzeiro com qualidade. O líbero garantiu que trabalhou em cima disso durante a semana e que está pronto, ao lado dos companheiros, para encarar os adversários.

“Eles são conhecidos pela força do saque, então acredito que uma das armas será controlar esse fundamento. Temos que fazer um trabalho de adaptação em cima dessa qualidade deles para entrarmos bem no jogo e desenvolver nossos fundamentos com qualidade”, concluiu.

O Sesi ficou na terceira posição na classificação geral, com 49 pontos, mesma pontuação do Sesc-RJ, que venceu um set a mais que os paulistas. Para chegar na decisão, a equipe passou pelo Corinthians nas quartas de final, e pelo próprio Sesc na semi, vencendo os três jogos da série melhor de cinco.

Ibirapuera lotado

O Ibirapuera estará lotado nesta tarde. Isso porque o Sesi repassou, em pouco tempo, os 11 mil ingressos, que corresponde a capacidade total do ginásio. Torcedores do Cruzeiro também puderam retirar as entradas por meio do clube paulista.

SESI-SP X CRUZEIRO

Sesi-SP: William, Alan, Lucão, Gustavão, Lipe, Douglas Souza e Murilo (líbero)

Técnico: Rubinho

Cruzeiro: Uriarte, Evandro, Simón, Isac, Leal, Filipe e Serginho (líbero)

Técnico: Marcelo Méndez

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