Ampliação do Hospital de Clínicas recomeça com previsão de mais dois anos de obras


“Conforme o planejamento definido no cronograma físico-financeiro firmado entre a Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e a empresa IBEG, construtora responsável pela obra, caso todo o recurso seja disponibilizado, em 24 meses possivelmente teremos concluído a ampliação desta unidade de saúde tão importante, sendo referência para atendimentos de média e alta complexidades para os municípios do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba pelo Sistema Único de Saúde (SUS).” A declaração é do reitor da UFU, professor Valder Steffen Júnior, e foi proferida na manhã desta segunda-feira (29/7), quando concedeu entrevista coletiva, no Anfiteatro do Bloco 8B, no Campus Umuarama. O tema do encontro entre Steffen e a imprensa foi o reinício dos trabalhos de edificação do Pronto-Socorro e Centro de Trauma do Hospital de Clínicas de Uberlândia da Universidade Federal de Uberlândia (HCU-UFU), ocorrido no último dia 17, após assinatura de um Termo Aditivo ao Contrato, em cumprimento a uma decisão judicial expedida pela 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro (RJ).

Os trabalhos no canteiro de obras do hospital tiveram início em maio de 2012 e deveriam ter sido concluídos quatro anos depois, porém foram paralisados em junho de 2014, com apenas cerca de 35% executados. “Basicamente, o que está pronto são as partes estrutural e de alvenaria, ou seja, concreto e paredes. Neste momento de retomada, nossa principal preocupação é com a recuperação de itens para segurança da obra, tais como bandejas para lixo e proteções coletivas, bem como em relação à limpeza do local”, explicou o reitor.

Ainda de acordo com o gestor da UFU, entre 2012 e 2015, já foram repassados à construtora mais de R$ 40 milhões e o orçamento para a conclusão dos trabalhos no Hospital de Clínicas prevê que sejam gastos outros R$ 133.748.443,68. “Este foi o valor calculado em agosto de 2018, quando foi realizada a última orçamentação”, esclareceu, acrescentando o que ainda precisa ser executado: “Falta concluir a parte de alvenaria em todos os pavimentos, a cobertura do prédio, o revestimento de pisos e paredes, esquadrias, instalações elétricas, hidrossanitárias, gases medicinais, condicionamento de ar, sistema de automação, sistema de segurança contra incêndio e pânico, entre outras.”

Quem também esteve presente na entrevista coletiva foi Marcos Ferreira de Rezende, um dos três engenheiros que integram a Comissão de Fiscalização 8DJU, que foi instituída pela UFU. Esta comissão conta, ainda, com uma arquiteta que também possui experiência na área hospitalar. Em suma, a missão da equipe será fiscalizar toda a execução dos serviços que foram licitados. Para tal, haverá o apoio de uma empresa gerenciadora para auditar e gerar relatórios periódicos sobre o andamento da obra, em termos físico e financeiro. Com base no planejamento da construtora e aprovação da Comissão de Fiscalização, todas as fases da obra serão supervisionadas.

Compuseram a mesa solene do evento e também se manifestaram a respeito da importância do reinício destes trabalhos as seguintes autoridades: secretário municipal de Saúde, Gladstone Rodrigues da Cunha; diretora técnica do HCU-UFU, Aglai Arantes; procuradora-chefe da UFU, Bianca Teixeira Lobato; representante do Ministério Público Federal, procurador Onésio Soares Amaral; deputados federais Weliton Prado (PROS-MG) e Zé Vitor (PL-MG); e presidente da Câmara de Uberlândia, Hélio Ferraz (PSDB). Após o atendimento à imprensa, foi realizada uma visita orientada ao canteiro de obras.

Dados do projeto

O Bloco 8DJU – Centro de Trauma ocupará uma área construída total de 32.965,50 m2 e, quando finalizado, terá papel estratégico para o sistema de saúde pública local, pois atualmente estima-se em 800 o déficit de leitos apenas no município de Uberlândia – ou seja, sem contar o de outros 26 municípios da região, num raio de 2,5 milhões de habitantes. Ao todo, serão disponibilizados 249 leitos e 22 salas cirúrgicas – incluindo 2 shock-room –, sendo que a divisão destes leitos se dará da seguinte forma: 65 para pronto-socorro, 146 de internação e 38 de UTI.

O complexo terá toda a estrutura de apoio ao tratamento de trauma, como equipamentos de imagem e diagnóstico, central de material esterilizado e heliponto. O projeto foi elaborado para atender todo o fluxo de um paciente de trauma, ou seja, ele será estabilizado na shock-room e, posteriormente, passará por Centro Cirúrgico, UTI e Enfermaria de Internação, seguindo para alta hospitalar.

Veja, no quadro abaixo, o que funcionará em cada um dos sete pavimentos.

Comunica UFU