Escolas da Rede Municipal de Ensino continuam sem professores, afirma profissional da área


Fachada da Escola Municipal Hilda Leão Carneiro

Muitas escolas da Rede Municipal de Ensino de Uberlândia continuam sem professores para algumas disciplinas desde o início do ano letivo de 2018. A TV Vitoriosa já havia feito reportagem explicando o problema, no caso, na escola Hilda Leão Carneiro, no Bairro Morumbi. Mas de acordo com um docente, o problema é generalizado.

O professor Cid Carlos Marcos da Silva disse que várias outras escolas municipais também estão sofrendo do mesmo problema e que até mesmo os alunos com necessidades especiais estão sendo prejudicados. E lembra que muito professores continuam de braços cruzados pelo simples de não serem chamados pela Prefeitura de Uberlândia, o que faz muitos deles procurarem outros empregos.

“Já consegui outro emprego por que simplesmente não tem jeito. Eu dou aula à noite em um cargo, e no outro (período), to trabalhando em outra área. Por que não adianta ficar esperando a prefeitura se você não sabe a hora que ela chama”, disse.

Segundo dados oficiais divulgados pelo último processo seletivo feito na cidade, muitos profissionais aguardam na lista de espera. Por exemplo, na disciplina de História, 200 professores estão nessa lista, mas apenas 26 foram chamados. Já para a matéria de Português, 180 foram aprovados, mas apenas 40 estão trabalhando (confira as demais disciplinas no vídeo que está no final da reportagem).

Secretária de Educação comenta o caso

A equipe de reportagem da TV Vitoriosa procurou Célia Tavares, Secretária de Educação, para comentar o caso. Primeiramente, explicou que a Rede Municipal de Ensino passou por uma reestruturação, após contratar mais de 2 mil profissionais para completar o quadro de trabalho das escolas. E deu as razões por trás da falta de alguns professores em algumas escolas da cidade.

“Nós tivemos todo um procedimento pra contratar essas pessoas. E durante esse período, temos ainda algumas situações de contratação que ocorreram a partir dessa data da primeira contratação. Foram profissionais que aposentaram, profissionais que entram em licença médica e também temos a situação do profissional que foi contratado, mas por algum motivo, desistiu do contrato”, afirmou a secretária.

Tavares também comentou que a lista de espera costuma sempre andar, já que a cada nova chamada, é analisada a possibilidade de o profissional conseguir assumir ou não o cargo de professor.

Saiba Mais

Alunos denunciam falta de professores há 3 meses na E.M. Hilda Leão Carneiro, no Morumbi

Informações: Camila Rabelo e Anderson Magrão