Ministério da Saúde quer comprar mais 30 milhões de doses da vacina Coronavac


O Ministério da Saúde manifestou a intenção de compra de mais 30 milhões de doses da Coronavac, vacina produzida pelo Instituto Butantan. O Butantan confirmou que recebeu a proposta e disse que está sob análise. A expectativa é receber o novo lote entre outubro e dezembro. Essa remessa se somará aos 100 milhões de doses já compradas da Coronavac.

Até agora, o instituto já entregou 9,8 milhões. A previsão é que até abril sejam entregues 46 milhões. Os 54 milhões restantes até o final de agosto. As previsões, no entanto, podem ser alteradas devido à dificuldade de o Butantan conseguir os insumos.

Neste mês houve atraso na entrega. O instituto culpou a falta de organização do Ministério da Saúde pela demora, pois demorou para importar os insumos da China. A partir do próximo dia 23 está prevista a entrega de 3,4 milhões de doses, em oito entregas diárias de 426 mil.

O Butantan cumpriu a meta de janeiro que era de 8,7 milhões de doses até o final do mês. Entregou 6 milhões no dia 17, 900 mil no dia 22 e 1,8 milhão no dia 29. No contrato há também a previsão de entrega de 18 milhões de doses até o final de março e 10 milhões até o término de abril.

Na coletiva desta sexta-feira, o diretor do Butantan, Dimas Covas, disse que o instituto enviou três ofícios ao Ministério da Saúde no ano passado oferecendo 160 milhões de doses da vacina. Segundo ele, a pasta ignorou todos. “Vamos colocar a responsabilidade em quem tem responsabilidade. Estão aqui os ofícios que foram encaminhados ao Ministério da Saúde ofertando vacinas”, disse Covas.

O primeiro foi enviado em 30 de julho de 2020. “Ofertamos nessa oportunidade 60 milhões de doses de vacinas prontas para entrega ainda em 2020 e 100 milhões para serem entregues em 2021. Não tivemos resposta”, acrescentou o diretor.

Ele afirmou também que novos ofícios foram enviados em outubro e dezembro e também não tiveram retorno. “A resposta saiu na assinatura do contrato em 7 de janeiro. Um mês e pouco atrás foi quando assinamos o contrato com o ministério”.

Itatiaia