Ministério Público e Supram acatam denúncia de desmatamento ilegal na área do Clube Caça e Pesca


O Ministério Público de Minas Gerais e a Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Supram) acataram uma denúncia da retirada de 15 mil metros quadrados de vegetação nativa no cerrado em uma estrada vicinal próxima ao Clube Caça e Pesca Itororó.

No final de fevereiro, a TV Vitoriosa recebeu um vídeo de um telespectador, no qual denunciava a retirada de grande parte da vegetação nativa do local, que é de preservação permanente. A área foi desmatada para dar início à construção de um empreendimento imobiliário, que tem o nome de “Condomínio Oásis.”

Alguns dias após a veiculação do vídeo, a equipe de reportagem da TV Vitoriosa conversou com o presidente do Clube Caça e Pesca, Lourisvaldo Lourenço, que afirmou que tudo estava dentro da lei.

No entanto, a Polícia Militar de Meio Ambiente foi até o local e registrou, no Boletim de Ocorrência, que “foi realizado a supressão de vegetação nativa, tipologia cerrado, de pequeno e médio porte, em área comum, sem proteção especial.”

“Nosso pessoal fez contato com a coordenação do Clube Caça e Pesca, que nos levou até essa estrada, na divisa entre o condomínio e a propriedade, onde havia sido feita a supressão de algumas espécies de vegetação nativa. Conforme consta na ocorrência, o responsável por esse desmatamento tem o interesse de instalar um lotemento. Foi feito, na oportunidade, um auto de infração em torno de 1.255 reais”, explicou o Tenente Patrício.

A área já foi embargada até o término de todo o processo.

Falta de autorização

O nome de Marcus Vinícius Demarque Carvalho aparece no Boletim de Ocorrência como engenheiro responsável pela obra. Em conversa com a equipe de reportagem da TV Vitoriosa, Carvalho explicou que a retirada das árvores foi feita em caráter de urgência para prevenir novos incêndios na área do Clube Caça e Pesca.

No entanto, o engenheiro disse que não teve a autorização para a retirada da vegetação, mas explicou que tentou pegá-la junto a Supram, que negou o pedido alegando que o Clube Caça e Pesca possuía pendências ambientais.

Saiba Mais

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Informações: Camila Rabelo