Paciente com meningite foge da UAI Roosevelt, em Uberlândia, e família procura por ele


Um paciente que estava em tratamento na Unidade de Atendimento Integrado (UAI) do Bairro Roosevelt fugiu na noite desta terça-feira, 6. Ele está com meningite e é procurado pela família. É importante ressaltar que o contato prolongado do paciente infectado pode transmitir a doença a terceiros. O médico Vinícius Paulino explica que uma pessoa infectada com a meningite pode transmitir a doença para outras nas primeiras 24 horas de infecção, o que exige que o paciente fique em isolamento.

Na madrugada desta quarta-feira, 7, a Polícia Militar (PM) foi acionada na UAI e registrou o fato como pessoa desaparecida. Na ocorrência consta que o homem, de 36 anos, se aproveitou de um descuido da mãe para escapar. Ele passou pelo Pronto-Socorro da unidade sem ser notado por ninguém.

Segundo a mãe, Lincoln da Silva Santos vem sentindo fortes dores no corpo e na cabeça há quase dois meses. No último fim de semana ele deu entrada na unidade de saúde quase sem vida e, ao ser feita uma bateria de exames, no sábado, 3, foi constatado que o homem estava mesmo com meningite. A família acredita que ele fugiu por estar portando a doença. A preocupação deles é que o familiar não consiga voltar para casa e acabe perdendo a vida nas ruas da cidade.

Outra hipótese levantada é de a doença estar afetando a capacidade dele de compreender as coisas.

O paciente recebia atendimento adequado na UAI, que está colaborando com o caso.

Repórter: Bruno Rocha

Meningite é contagiosa?

Sim, meningite é contagiosa, principalmente a viral e a bacteriana, que são transmitidas de pessoa para pessoa através de gotículas de saliva ou secreção expelidas por indivíduos infectados ao falar, tossir, espirrar ou beijar.

No caso da meningite viral causada por enterovírus (vírus que habitam o intestino), a transmissão ocorre pelo contato com fezes infectadas pela via fecal-oral.

É importante lembrar que não é preciso estar com meningite para transmitir a doença. A pessoa pode ter o vírus ou a bactéria e não desenvolver meningite, mas pode transmitir a doença mesmo assim.

Isso pode ocorrer na meningite meningocócica, por exemplo, em que a pessoa tem a bactéria na garganta, não está doente, mas pode transmitir o micróbio, sobretudo pelo beijo.

Para ocorrer a transmissão da meningite é necessário haver contato íntimo e prolongado (morar na mesma casa, compartilhar o mesmo quarto). Daí o convívio com pessoas doentes ou infectadas ser importante para o contágio.

As crianças com menos de 1 ano são as mais suscetíveis às meningites, pois ainda não desenvolveram anticorpos capazes de combater os vírus e as bactérias que causam a doença. (Fonte da pesquisa: Médico Responde)