Blogueira mineira confessa ter fingido ser estuprada e roubada para ganhar seguidores


Imagem compartilhada pela blogueira nas redes sociais momentos depois do suposto crime (Imagem: Reprodução/Instagram)

Uma jovem blogueira, de 21 anos, registrou uma ocorrência afirmando ter sido roubada e estuprada na última segunda-feira, 21, em Ipatinga-MG. Após apurações, ela confessou ter forjado o crime para chamar atenção nas redes sociais e ganhar mais seguidores.

Nas redes sociais, a jovem apareceu chorando cheia de sangue e com as roupas rasgadas.  Ela procurou uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) afirmando ter sido estuprada. Os funcionários do hospital acionaram a Polícia Militar (PM). A influenciadora informou a guarnição que tinha viajado para Ipatinga para participar de uma confraternização em um hotel. Ela disse que estava na rodoviária para ir embora do município quando combinou de ser levada para Governador Valadares com um taxista clandestino. O suposto estupro teria acontecido durante o trajeto. Ela contou que o motorista a levou para uma área deserta, a violentou e roubo a bolsa da jovem. De acordo com a polícia, durante o relato, a blogueira entrou em contradição diversas vezes.

Militares chegaram a buscar imagens de câmeras de segurança da região e conversaram com possíveis testemunhas que poderiam ajudar a localizar o autor do crime. A guarnição voltou a falar com a jovem, momento em que ela confessou que não tinha sofrido nenhuma violência sexual. Ela afirmou ter inventado a história para ganhar seguidores nas redes sociais e aumentar o engajamento. Sobre as roupas rasgadas, a influenciadora falou que ela mesmo cortou e provou o sangramento para história parecer convincente.

A blogueira, que já tinha mais de 16 mil seguidores, chegou a trancar o perfil e mudar o nome de usuário no Instagram e Facebook, mas logo em seguida excluiu as contas. Ela pode responder por falsa comunicação de crime.  A jovem assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e, caso seja condenada, pode pegar até seis meses de prisão.

O caso foi encaminhado à Justiça de Minas Gerais.