Criança de 11 anos está grávida; caso configura crime de estupro


Uma criança gerando outra criança. O caso é de uma menina de 11 anos, moradora de Campina Verde, que está grávida. A barriga é de uma futura mamãe aos seis meses de gestação. A gravidez prematura muda o curso da vida da criança que já vem de um caminho de pedras na casa dela em Prata.

Em entrevista exclusiva a gestante diz que sabia o que estava fazendo. Ela confirma que tinha um namorado, de 21 anos, e que consentiu com as relações sexuais.

Mas o fato de relatar que ficou grávida sem qualquer uso de força por parte do pai da criança, não descaracteriza o crime de estupro de vulnerável. O rapaz está foragido.

Menina diz que a mãe é alcoólatra

Em um relato quase monossilábico, mas que indica o medo e a responsabilidade imputada muito cedo a uma menina, a garota conta que apanhava da mãe alcoólatra sempre que ela se embriagava. Ela diz que namorava escondido da mãe, que era brava somente com ela. “Muitas vezes sem motivo e outras com motivo de besteira.”

Ela ainda fala das várias responsabilidades que tinha em casa. “Eu arrumava a casa pra minha mãe, fazia as coisas pra ela, cuidava da minha irmã desde pequena e quando a minha mãe bebia eu cuidava dela também. Dava banho, colocava ela na cama, fazia comida pra ela…”

Questionada sobre como vai fazer pra cuidar da filha, a criança diz: “eu vou cuidar dela, mas cuidar com responsabilidade, não fazer igual minha mãe fazia comigo. Eu preciso da ajuda da minha tia, porque minha tia agora está cuidando de mim”

Com medo de voltar para casa e da reação da mãe, a menina pediu ajuda a uma tia.

Novo drama

A mulher, que também não quer ser identificada, por medo da irmã, teve a guarda da criança concedida pelo Conselho Tutelar de Uberlândia. Mas vai ter que contar com muita ajuda da comunidade. A família mora numa casa de três cômodos e terá que desocupar o imóvel o mais rápido possível.

Sem contar a necessidade de acompanhamento médico, psicológico e também de um enxoval para a criança, ou as crianças, que assumiu.

Delegada comenta sobre o crime de estupro

Nós procuramos a Delegada Ana Cristina Marques Bernardes para comentar sobre o assunto. Ela afirma que qualquer prática libidinosa envolvendo menor de 14 anos é considerado estupro de vulnerável. É como se fosse uma violência presumida, mesmo que haja consentimento da vítima, ocorre o delito.

Já foi feito exame de corpo de delito, a vítima já foi ouvida, bem como o representante legal. Agora foi aberto um processo na inspetoria para qualificação e localização do autor.

“Ele era morador de um assentamento. O local de residência dele agora está desconhecido. Por isso a gente expediu esta ordem de serviço para saber se ele saiu em razão de uma fuga ou se ele saiu por outro motivo. A gente está tentando identificar o local que ele está para dar prosseguimento às investigações.

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