Um estudo inédito revelou que de todas as bebidas destiladas que circulam no Brasil, quase 30% são ilícitas. O impacto para a economia do país chega a R$ 10,2 bilhões de reais, por ano, de acordo com o Instituto Brasileiro da Cachaça (IBRAC).
Com rótulos e garrafas idênticos as originais, bebidas destiladas representam R$ 5,5 bilhões do valor que deixa de ser arrecadado em impostos diretos e indiretos. Menos de 1.500 produtores nacionais de cachaça são legalizados, no Brasil. O país, porém, conta com mais de 11 mil produtores nacionais.
Uísque e vodka, bebidas pouco produzidas no Brasil, constam como os destilados mais contrabandeados e falsificados, respectivamente.
De acordo com o diretor-executivo do IBRAC, Carlos Lima, o impacto das práticas ilegais afeta não somente a economia, mas também a geração de emprego no país.
“Essas práticas ilegais, esse submundo da clandestinidade não gera emprego formal para o campo. Esse é o principal impacto. O segundo, é do ponto de vista sanitário. São produtos que não têm nenhuma garantia de qualidade para o consumidor.”, afirma.
O alto índice de ilicitude no mercado de bebidas destiladas ocorre devido ao alto valor dos impostos, apesar da pena para quem for pego cometendo irregularidades na produção ou comercialização de bebidas alcoólicas chegar a 15 anos de prisão.
SBT
