Mineira é assassinada em Portugal e família tenta juntar R$ 30 mil para trazer corpo


Camila teria sido morta pelo companheiro, segundo a polícia portuguesa (Imagem: Reprodução Facebook)

Uma família de Ipatinga, no Vale do Aço, luta para conseguir reunir R$ 30 mil para o traslado do corpo de uma mulher de 30 anos, encontrada morta no último dia 2 de outubro, em Vila Arruda dos Vinhos, distrito de Lisboa, em Portugal. O corpo de Camila da Silva estava dentro de uma mala envolta por fita adesiva e foi localizado por um morador que passeava com um cão pelo local. Segundo a imprensa portuguesa, a Guarda Nacional Republicana confirmou a ocorrência.

Werleis Silva, irmão de Camila, informou em um post nas redes sociais que amigos e familiares estão de luto e contam com apoio para viabilizar o traslado. Até o momento, a família conseguiu arrecadar cerca de R$ 4 mil. Camila era mãe de uma menina de 10 anos e planejava levar a filha para a Europa.

No dia seguinte ao crime, a Polícia Judiciária anunciou a prisão do companheiro da vítima, de 38 anos, suspeito de tê-la matado a facadas, com um golpe letal, na casa onde moravam, e abandonado o corpo dentro da mala, em uma área de mata. O suspeito aguarda julgamento.

O presidente da Câmara Municipal de Arruda dos Vinhos, André Santos Rijo, lamentou a morte da jovem e classificou o crime como hediondo. “Acontecimento de um crime hediondo (homicídio) que apanhou todos de surpresa e que chocou toda uma comunidade. Um casal jovem de cidadãos brasileiros recém-chegados, que morava em Arruda há cerca de 15 dias, na Urbanização de S. Lázaro. Ela, trabalhadora da restauração, ele, trabalhador da construção civil, e os vizinhos ainda não tinham notado sinal de violência ou agressividade entre ambos”, destacou no post.

(Imagem: Reprodução Facebook)

O Ministério das Relações Exteriores, Itamaraty, informou que não pode passar informações, em respeito ao direito de privacidade dos envolvidos. Explicou que as representações diplomáticas e consulares do Brasil em Portugal acompanham o caso.

“Observe-se que, quando um cidadão brasileiro falece no exterior e sua família opta por trazer seus restos mortais ao Brasil, as embaixadas e os consulados brasileiros sempre procuram apoiar os familiares com orientações gerais, a  expedição de documentos (atestado de óbito, por exemplo), e também no contato com autoridades locais (especialmente para tentar agilizar e facilitar os trâmites). Informamos que não há previsão legal que permita o pagamento de despesas hospitalares ou traslado dos corpos pelo Governo Federal”, informou o ministério.

Hoje em Dia – Com Estadão Conteúdo