‘Porronca’ – Justiça determina apreensão de passaporte de empresário do setor de cigarro de palha


A pedido do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a justiça de Uberlândia determinou a apreensão do passaporte de um empresário do setor de cigarros de palha, alvo da Operação “Porronca”, desencadeada semana passada pelo MP, Receita Estadual e Polícia Civil para combater sonegação fiscal no ramo. De acordo com as investigações, prejuízos aos cofres públicos ultrapassam R$ 100 milhões. O nome do empresário não foi divulgado.

A solicitação para apreensão do passaporte do empresário foi baseada em conversas registradas em um dos celulares dele confiscados durante a operação. Ele dizia a amigos que viajaria para Las Vegas, EUA, na próxima segunda-feira, 19, e não voltaria mais ao Brasil.

Agora os dados do investigado serão inseridos nos sistemas de controle de fronteiras da polícia federal e órgãos competentes para evitar que ele deixe o país. O empresário estaria envolvido no esquema de sonegação fiscal do setor de cigarro de palha.

Ele foi intimado na tarde desta terça-feira, 13, e foi representado pelo advogado. Ele tem o prazo de 24 horas para entregar o passaporte. A Justiça também expediu três novos mandados de busca e apreensão, que foram cumpridos em endereços relacionados ao investigado.

Como está sendo a ‘Operação Porronca’

Em junho, Receita Estadual, Ministério Público e Polícia Civil desencadearam a operação “Paieiro”. Na ocasião, foi encontrado R$ 1 milhão em espécie, escondido em uma mala, durante o cumprimento de sete mandados de busca e apreensão em endereços comerciais e residenciais no município de Pitangui, na região Centro-Oeste do Estado.

Menos de dois meses depois, a força-tarefa deu sequência aos trabalhos com a operação “Porronca”. Desta vez, com a participação do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), foram encontrados R$ 2,5 milhões em espécie, também escondidos, durante o cumprimento de 50 mandados de busca e apreensão em oito municípios mineiros e dois no Estado de Goiás. Uma das empresas investigadas está localizada em Uberlândia e pertence ao empresário cuja Justiça determinou a apreensão do passaporte.