Sequestro tortura e morte de produtor rural de Ituiutaba foi por extravio de drogas, diz PC


A Polícia Civil em Ituiutaba desvendou o crime brutal contra o produtor rural Cleiton Ferreira da Silva, de 41 anos, crime este que chocou toda a cidade. Quatro homens foram apresentados como sendo os executores da vítima: dois jovens, Nivaldo Fernandes de Oliveira Júnior, 26, e Sérgio Humberto Martins Ferreira de Souza, 27, além de dois homens de 31 anos: José Rodrigues dos Santos e Gabriel da Silva.

Relembre:

https://admin.v9vitoriosa.com.br/policia/produtor-rural-e-sequestrado-e-morto-por-criminosos-em-ituiutaba/

Conforme o delegado Carlos Fernandes explicou, o homicídio foi motivado pelo tráfico de drogas. As apurações apontam que a vítima estava armazenando entorpecentes oriundos de Mato Grosso do Sul em seu sítio e que houve dois extravios do produto. “Os proprietários da droga descobriram que Cleiton teria envolvimento em uma das subtrações e contrataram os executores. A vítima foi torturada para prestar informações e acreditamos que eles conseguiram parte do material. Depois de alcançarem o que queriam, Cleiton foi executado”, explica o delegado ao dizer que as investigações continuam para a identificação dos mandantes.

Os fatos ocorreram no dia 5 de julho deste ano. De acordo com os levantamentos da PCMG, a vítima foi retirada de sua residência, amarrada e vendada, e colocada no interior de um veículo Gol de cor preta, por quatro indivíduos armados, com destino à propriedade rural de Cleiton, em Campina Verde, município que fica a 85 quilômetros de Ituiutaba. “Os investigados permaneceram com Cleiton por mais de 12 horas. Nesse período, ele foi brutalmente torturado e, depois, efetuaram mais de 12 disparos de arma de fogo contra a cabeça da vítima”, conta o delegado Carlos Antônio Fernandes, responsável pela investigação.

A Polícia Civil informou continua com as investigações para saber quem são os mandantes do crime.

Veja o momento do sequestro

https://www.youtube.com/watch?v=KBgftc-H5_4

Inquérito

O delegado Carlos Fernandes destaca que o inquérito policial conta com mais de 500 páginas e possui muitas provas técnicas. “Foi um crime bárbaro e de difícil elucidação, que conseguimos concluir em um curto período”, observa. As investigações foram conduzidas pela Polícia Civil em Ituiutaba, com apoio das delegacias regionais de Iturama e Uberlândia na realização de perícias legais e outras diligências investigativas, culminando com as prisões dos investigados.

Os suspeitos têm antecedentes criminais por envolvimento em roubo, porte ilegal de arma de fogo e receptação. Um deles foi abordado pela Polícia Rodoviária Federal, dois dias após a execução de Cleiton, com quatro pistolas e um revólver, possivelmente utilizados no crime. Já outro, também foi preso em uma operação da PCMG em Uberlândia, no dia 13 de julho, por posse ilegal de arma de fogo e produtos furtados. Os quatro investigados foram encaminhados ao Sistema Prisional e estão à disposição da Justiça.