Sindicato dos Delegados, chefe adjunto da PC e inspetor falam sobre Operação Fênix


Autoridades policiais se pronunciaram sobre a Operação Fênix, que culminou na prisão a afastamento de 10 Policiais Civis – sendo 3 (três) Chefes de Departamento e 1 (uma) Delegada Regional, 2 (dois) Escrivães de Polícia, 45 (quarenta e cinco) Investigadores de Polícia e 7 (sete) Advogados.

Mega Operação Fênix prende 136 pessoas, entre elas delegados, escrivães e advogados

Leia as notas na íntegra:

  • O SINDEPOMINAS, Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de Minas Gerais, na defesa intransigente de sua categoria, e tendo em vista a notícia de que 10 Delegados de Polícia do Estado de Minas Gerais foram presos em ação do Ministério Público e levados para o 17º Batalhão de Polícia Militar sem o conhecimento da Corregedoria Geral de Polícia, o que fere o dispositivo do art. 48, III da Lei Complementar 129/2013,Considerando que a nefasta operação foi deflagrada na véspera do recesso forense com o claro objetivo de frustrar a vista dos autos e, consequentemente, o direito de defesa dos réus,

    Considerando que o Ministério Público não detém o poder de investigar por esforço próprio, senão por concessão benevolente de outras instituições, o que ofende o sistema de reserva de atribuições abraçado por nossa Constituição Federal,

    Considerando que a investigação ilegal e a prisão arbitrária de policiais civis por membros do Ministério Público, a pretexto de exercer o controle externo da atividade policial, exorbita das atribuições daquela instituição,

    Vem a público repudiar de forma cabal a ação midiática e espetacular que envolveu o Ministério Público de Minas Gerais, a Polícia Militar de Minas Gerais e a Polícia Rodoviária Federal, aduzindo que serão adotadas todas as medidas judiciais, administrativas e institucionais cabíveis para impedir que o grande Estado de Minas Gerais se torne um grande circo a serviço de quem, a pretexto de combater a corrupção, se paga salários ilegais acima do teto constitucional e ainda ofende todas as convenções internacionais sobre direitos e garantias individuais a que o Brasil se obrigou, por tratado, a observar e fazer cumprir.

    Belo Horizonte, 19 de dezembro de 2017.

    MARCO ANTONIO DE PAULA ASSIS – PRESIDENTE

  • O Chefe Adjunto da POLÍCIA CIVIL determinou o comparecimento em Uberlândia, do Corregedor Geral que se fez acompanhar da Procuradora de Justiça Coordenadora dos GAECO’s no helicóptero da PC.
    Determinou ainda o deslocamento do ônibus do Detran e de duas equipes do Deoesp para realização da escolta, bem como optou por mesmo com superlotação, que os policiais civis detidos sejam custodiados na casa do policial civil.
    Hoje o pernoite se dará em Uberlândia TAMbÉM em uma unidade da PC, por ordem dele!
  • Assim que tomamos conhecimento da ação do MP e da PM, não medimos esforços para acompanhar de perto o os trabalhos da operação Fênix que teve por algo nossos colegas.Dessa forma, informamos aos colegas Policiais Civis que noticias sobre a ocupação das delegacias de polícia pela PM não procedem. Não há policiais militares, praças ou oficiais, realizando qualquer atividade de Polícia judiciária, o que seria um extremo absurdo.

    Independente da atribuição de responsabilidade penal ou administrativa, que ainda se encontra na fase de esclarecimentos sobre os fatos, estamos atentos ao desenvolvimento da operação Fênix, sobretudo na salvaguarda dos direitos e prerrogativas dos Policiais Civis envolvidos.

    Assim que tivermos maiores informações, trazemos a vocês.

    Atenciosamente

    Willian de Oliveira Braga
    Inspetor Geral dos Investigadores