Empresários de Minas cobram do governo agilidade nas reformas


Vendas nos supermercados caíram entre 2014 e 2017, após boa performance em 2013, e só reagiram em 2018 (Imagem: Lucas Prates/Hoje em Dia)

Além de alertar o pode público para que não repita os erros da década passada, como o crescimento da dívida pública, entidades empresariais do Estado defendem a necessidade de reformas, como a tributária, para alavancar o Produto Interno Bruto (PIB) e a geração de empregos.

“No que diz respeito ao equilíbrio fiscal, é preciso aprovar as reformas Tributária e da Previdência”, cobra o economista-chefe da Fecomércio-MG, Guilherme Almeida. Ele e outros especialistas alertam que a década passada teve resultados similares ao dos anos 1980, quando o PIB per capita do país encolheu, naquele acumulado, 0,5%.

Já em maio de 2019, sete meses antes de o ano terminar, um relatório do banco americano Goldman Sachs previa que o Brasil caminhava para encerrar os anos 2010 com mais uma década perdida, a exemplo dos anos 80.

No estudo da instituição financeira, um tópico destacava que o PIB per capita havia recuado 0,3% entre 2011 e 2018. De acordo com a análise dos especialistas do banco americano, “é impressionante e desconfortável a realidade de que o crescimento da renda real per capita decepcionou durante as últimas quatro décadas”.

Apesar do avanço tímido, o comércio apurou um resultado melhor que o de outros setores. “O setor apresentou um desempenho abaixo do potencial, mas positivo. O PIB do comércio em Minas cresceu, em média, 2% ao ano”, acrescentou o economista.

As apostas, agora, são para que a previsão do Banco Mundial, de que o PIB nacional irá crescer em 2020 e em 2021, seja concretizada.

De acordo com o relatório da instituição internacional, “no Brasil, a confiança mais forte dos investidores, juntamente com o afrouxamento gradual das condições de empréstimos e do mercado de trabalho, deverá sustentar uma aceleração do crescimento em 2%”. Em nível mundial, o PIB em 2020 deve subir 2,5%.

Hoje em Dia