Proposta de deputado prevê isentar motorista da 2ª cobrança de pedágio em menos de 17h da 1ª


Motoristas que utilizam com frequência rodovias mineiras com cobrança de pedágio poderão ser beneficiados com o não pagamento da segunda taxa dentro do prazo de 17 horas. Isso só será possível caso uma proposta do deputado Marquinhos Lemos (PT) passe na Câmara e seja aprovada. O projeto já tramita na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

Ele que prevê obrigar as empresas a conferir gratuidade desde que o condutor passe pela mesma praça de pedágio em um prazo de até 17 horas após ter pagado a primeira tarifa.

Em julho deste ano, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou parecer na primeira versão que previa que o usuário fosse tarifado apenas uma vez no prazo de 24 horas na mesma praça de pedágio. No entanto, o prazo foi alterado para 22 horas e agora segue a 17 horas. A intenção, segundo o deputado, é que os motoristas não paguem novo pedágio se retornarem ao seu destino de origem dentro do prazo máximo estipulado.

Defesa do projeto

Marquinho Lemos defende que a isenção será válida para cobranças feitas a partir das 5 da manhã, com retorno até as 22 horas, deixando de ser aplicada ao condutor e passando a recair para o veículo, de forma que não importe quem estará na direção durante o horário definido.

A emenda define que a lei não se aplicará aos contratos de concessão firmados até a data da publicação da norma. O relator justifica que os contratos são atos jurídicos perfeitos, que estariam imunes a alterações legislativas.

Voto contrário

O deputado Guilherme da Cunha discordou da parte da emenda nº 1 que tira a isenção do condutor e passa para o veículo, e votou contrário. “A titularidade do direito é da pessoa, e não do bem”, disse o parlamentar.

O deputado considerou, ainda, que o projeto viola o artigo 5º da Constituição Federal, que diz que todos são iguais perante a lei.

No seu entendimento, o PL ainda estimula que o condutor faça viagens mais rápidas, sem descanso ou em alta velocidade, para aproveitar a isenção, o que seria arriscado.