Secretário de Saúde presta esclarecimentos na Câmara Municipal de Uberlândia


O secretário de Saúde da Uberlândia, Gladstone Rodrigues, prestou esclarecimentos a respeito da pasta durante a segunda sessão ordinária de junho da Câmara Municipal da cidade, realizada na última terça-feira, 5.

Durante a sessão, Rodrigues explicou que, atualmente, o município possui 99 unidades de saúde, distribuídas entre UAIs, Unidades Básicas de Saúde e de Saúde da Família (UBS e UBSF), Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) e Centros de Especialidade.

6.166 funcionários prestam serviços para a prefeitura e são distribuídos da seguinte forma: 1.074 médicos, 397 enfermeiros, 170 dentistas, 154 psicólogos e 149 assistentes sociais. Ainda de acordo com os dados apresentados pelo secretário, são gastos em torno de 389 milhões de reais por ano com a folha de pagamento dos servidores.

O município também conta com 1313 leitos públicos e privados, sendo 237 deles voltados para as Unidades de Terapia Intensiva (UTI), o que significa que existem 1,2 leitos para cada mil habitantes. O número considerado ideal é de 3.

Por fim, pouco mais de 36 mil pessoas estão na fila aguardando cirurgias eletivas.

Problemas

Em entrevista para a imprensa, Rodrigues admitiu que orçamento da pasta está no limite e que a prefeitura gasta o dobro do que deveria.

“Com o orçamento atual, ta no limite, já to gastando o dobro do que deveria gastar. O SUS é concebido com estado, união e município. À medida que a união e o município retraíram, por questões financeiras, sobrou pro município. Tanto que ele aportou o dobro do que era obrigação legal”, disse Rodrigues.

O secretário disse que também está tendo dificuldades para conseguir manter o funcionamento do Hospital Municipal e de fazer novos investimentos. “Não estou conseguindo manter o Hospital Municipal, a verdade é essa. Tá faltando um milhão por mês, de janeiro pra cá. E se não to dando conta de manter o hospital, como que penso em investir?”, afirmou.

Outro problema apontado pelo secretário é falta de aparelhos de ultrassom na cidade. E também explicou que a Central de Imagens da prefeitura foi fechada por que os equipamentos que lá estavam eram antigos e alugados, o que acarretava alguns custos para a prefeitura.

Preocupações

Mesmo com todas as explicações dadas pelo secretário e de ter respondido aos questionamentos dos vereadores da casa, Jussara Matsuda (PSB), autora do requerimento que solicitou a presença do secretário na Câmara, demonstrou preocupação com o que escutou de Rodrigues.

“Temos 39 mil pacientes esperando por cirurgia, temos uma lista enorme de pessoas esperando exames complementares. São exames que fazem diagnóstico, que ajudam realmente a salvar vidas. Espero que as soluções venham, mas diante do que foi exposto, eu, pelo menos, não consigo visualizar uma luz ao final do túnel”, disse a vereadora.

Informações: Camila Rabelo