Uberlandense morta a facadas em Curitiba será velada nesta sexta (18); sepultamento ocorre no sábado (19)


Renata foi vítima de feminicídio em Curitiba; despedida reúne familiares e amigos em clima de comoção

O corpo de Renata Miranda, de 43 anos, será velado a partir das 17h30 desta sexta-feira (18), em Uberlândia, sua cidade natal. O velório ocorrerá na Avenida Segismundo Pereira, nº 4505, no bairro Novo Mundo. O sepultamento está marcado para 9h de sábado (19), no Cemitério Parque dos Buritis.

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Renata foi assassinada na madrugada da última quarta-feira (16) em Curitiba (PR), onde vivia por razões profissionais. O crime ocorreu dentro do pensionato onde ela residia. O principal suspeito é um homem de 50 anos, vizinho de quarto da vítima, que foi preso em flagrante.

Familiares informaram que irmãos de Renata estão na capital paranaense acompanhando os trâmites legais para o translado do corpo. O clima entre amigos e parentes é de comoção e revolta.

Quem era Renata Miranda

Renata era solteira, não tinha filhos e natural de Uberlândia. Havia construído sólida carreira no setor varejista. Trabalhou durante anos como gerente de lojas, sendo referência de profissionalismo e dedicação. Após o encerramento das atividades da unidade em Uberlândia, foi transferida para o Rio de Janeiro e, posteriormente, para Curitiba, onde estava desde o início de 2025.

Descrita por pessoas próximas como uma mulher alegre, generosa e batalhadora, Renata deixa familiares e uma rede de amigos abalados com sua morte precoce.

Entenda o caso

Renata foi assassinada a facadas na madrugada de quarta-feira (16), em um pensionato no centro de Curitiba. O suspeito, identificado como Roberto, havia se mudado para o local cerca de um mês antes e demonstrava comportamento possessivo e ciumento. Ele teria proposto um relacionamento à vítima, que recusou.

Segundo testemunhas, o homem teve um surto de ciúmes no domingo anterior ao crime e passou a agir de forma agressiva. A família de Renata afirmou que não havia nenhum vínculo afetivo entre os dois e que ele era um completo desconhecido antes da convivência no pensionato.

Na manhã do crime, Renata informou que se preparava para o trabalho e entraria em contato com a família mais tarde. Horas depois, a responsável pelo local ligou para avisar sobre a tragédia.

O suspeito foi encontrado fora do pensionato com ferimentos nos pulsos, pescoço e abdômen — indícios de tentativa de suicídio. Ele foi socorrido e permanece internado sob escolta no Hospital Cajuru. A Polícia Civil do Paraná investiga o caso como feminicídio com possível motivação passional.