Atlético processa torcedores que causaram prejuízo ao clube por injúria racial no Mineirão


Dois torcedores foram processados pelo Atlético por terem causado prejuízo financeiro ao clube em 2019, quando cometeram injúria racial contra um segurança terceirizado no Mineirão, na partida contra o Cruzeiro, pela 32ª rodada do Campeonato Brasileiro, no dia 10 de novembro do ano passado.

A ação do Atlético contra os dois torcedores corre na 29ª Vara Cível de Belo Horizonte e o Alvinegro pede reparação integral do valor pago pelo clube em multa aplicada pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).

Em janeiro de 2020 o Galo pagou R$ 15 mil por ter sido condenado de acordo com o artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD): “praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência”.

O valor inicial da pena aplicada pelo STJD foi de R$ 30 mil, mas o Atlético recorreu e após o trabalho de seus advogados foi condenado a bancar como multa pelos atos dos torcedores apenas 50% do valor original da penalidade.

No geral o clube pagou R$ 65 mil, pois também foi punido por descumprir o artigo 213 do CBJD, por “deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir desordens em sua praça de desporto;  invasão do campo ou local da disputa do evento desportivo e lançamento de objetos no campo ou local da disputa do evento desportivo”.

O Atlético confirma oficialmente o processo na tentativa de ressarcimento da multa e disse que age de forma exemplar para que tal acontecimento sirva como ‘ação pedagógica’ para conscientizar os demais torcedores.

“O Atlético sofreu um prejuízo com aquele ato e espera que os dois envolvidos paguem isso ao clube, com juros e correção. É mais uma ação ‘pedagógica’”, afirmou à reportagem Lasaro Candido, vice de futebol e diretor jurídico do Atlético.

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