Dirigente já falou em calendário 2020 encerrado em 31/1/2021, 29 dias após centenário do Cruzeiro


A dúvida de Rogério Caboclo e o desejo de Andrés Sanches, que é comum a todos os clubes, criam o cenário para a invasão de 2021 pelo calendário desta temporada.

Em entrevista à FlaTV, no início deste mês, o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, revelou já existir conversas entre os clubes da Série A e a CBF para que o calendário de 2020 possa ser encerrado até 31 de janeiro do ano que vem.

Ainda não se tem a definição em relação à Série B, pois os clubes da competição não jogam as Copas Sul-Americana e Libertadores, o que facilita os seus calendários.

Mas há um aspecto levantado por um dirigente do futebol mineiro ouvido pela reportagem mas que pediu para não ser identificado: “Sim, o calendário da Série B pode ser considerado mais tranquilo, mas quem decide mesmo é a televisão, que paga pelas competições. E a gente não pode esquecer que a Série B é a atração principal de um canal fechado nas noites de terça e sexta. Vão acelerar os jogos da competições e depois ficar sem ter o que mostrar?”, lembra o dirigente.

Festas

Se a temporada 2020 realmente invadir o ano que vem, a tendência é de que o futebol sofra uma interrupção para as festas de Natal e Ano Novo. Assim, a parada poderia começar no dia 23 de dezembro, uma quarta, sendo que neste dia poderia ter jogos. A volta seria em 2 de janeiro, um sábado. Exatamente o dia do aniversário de 100 anos do Cruzeiro.

A definição em relação ao calendário, como deixou claro Rogério Caboclo, não tem o seu celular e ele não pode fazer previsões. De toda forma, o cenário para retomada em junho, como acredita a CBF, ainda é muito impreciso.

Até porque, o Ministério da Saúde acredita em picos diferentes da doença em estados brasileiros, até pelo tamanho do país. No Rio Grande do Sul, por exemplo, a previsão é de que os meses de junho e julho devem ser os piores. E os gaúchos nas duas principais divisões nacionais são Grêmio e Internacional, na Série A; Brasil de Pelotas e Juventude, na B.

O mesmo dirigente que alertou sobre o poder da televisão na definição do calendário, por pagar para transmitir os jogos, lembra que não há como pensar em Campeonato Brasileiro sem considerar que ele envolve vários estados. “Se o Rio Grande do Sul estiver o pico da pandemia em junho, julho, os jogadores vão querer ir jogar lá. Qual segurança terão?”.

Este é o cenário atual do calendário do futebol brasileiro em tempos de pandemia, cercado de dúvidas e deixando no ar a possibilidade de o Cruzeiro ter de passar o 2 de janeiro de 2021, dia do seu centenário, ainda jogando a Série B do Campeonato Brasileiro, que disputa pela primeira vez ninguém sabe a partir de quando.

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