Após morte de paciente, médico “Dr. Bumbum”, que tem passagem por homicídio, está foragido


A paciente Lílian Calixto, que morreu no domingo, 15, e o médico conhecido como Dr. Bumbum (Reprodução Internet)

É considerado foragido da justiça o médico Dênis César Barros Furtado, conhecido como “Dr. Bumbum”, após realizar um procedimento estético em casa, um apartamento de cobertura na Barra da Tijuca-RJ, que resultou na morte da paciente, a bancária Lilian Calixto de Lima Jamberci, de 46 anos. O procedimento é considerado ilegal pelo Conselho Federal de Medicina, que pediu a interdição cautelar do médico.

Lílian saiu de Cuiabá, no Mato Grosso, onde morava, para fazer um procedimento estético nos glúteos no último sábado, 14. A bancária teve complicações e foi socorrida pelo próprio médico ao Hospital Barra D’Or em estado extremamente grave, segundo a unidade de saúde, e acabou morrendo na madrugada de domingo, 15.

Segundo as investigações, participaram do procedimento:

– o médico Dênis César Barros Furtado, conhecido como Dr. Bumbum. Ele não poderia trabalhar no Rio, pois só tem registro ativo nos conselhos regionais de Goiás e Distrito Federal. Está foragido.
– a mãe do médico, que também era médica, Maria de Fátima Barros Furtado, mas que teve o registro cassado pelo Conselho Regional de Medicina do Rio em 2015. No entanto, ela continua atuando ilegalmente. Está foragida
– a namorada do médico Renata Fernandes, que começou a cursar técnica em enfermagem, mas abandonou os estudos. Ela está presa preventivamente por 30 dias.
– a empregada do médico Rosilane Pereira da Silva, que emprestou o nome para abertura da clínica, que na verdade é um salão de beleza. Ela foi indiciada.

A Polícia Civil informou que o “Dr. Bumbum” tem oito passagens criminais, uma delas por homicídio em 1997, além de porte ilegal de arma, crime contra administração pública, exercício arbitrário das próprias razões, ameaça, duas por resistência à prisão e violação de domicílio.

O Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro – Cremerj – também abriu sindicância para apurar as denúncias da morte da paciente e as conclusões serão enviadas ao conselho onde Denis Furtado possui registro, que é em Goiás e no Distrito Federal. A atuação fora do domicílio do registro viola o Código de Ética Médica.

 

Alerta

No comunicado, o Cremerj faz um alerta à população sobre os procedimentos estéticos, principalmente os cirúrgicos.  “Essas intervenções só devem ser feitas por médicos qualificados e em ambiente em conformidade com as resoluções do Cremerj e do CFM, para que, caso haja algum problema, o socorro possa ser imediato”, diz a entidade.

Agência Brasil