Férias de julho: Alerta sobre riscos de mergulhar em águas rasas


Durante as férias escolares de julho é comum as famílias viajarem para lugares com cachoeiras, rios, lagos, praias e piscinas. “Em momentos assim é importante lembrar que a diversão só será completa se ela vier acompanhada de prudência, que, nesse caso, inclui redobrar a atenção ao entrar em águas desconhecidas. E isso vale tanto para as turvas, onde você não enxerga o fundo, que ainda pode ter variação de altura devido à maré e à formação de bancos de areia; como as transparentes, cujo reflexo pode distorcer a noção de profundidade”, alerta o presidente da Comissão de Campanhas da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), Sandro Reginaldo.

Fazer o reconhecimento da região, entrando na água andando antes de dar o primeiro salto ou mergulho, é fundamental para evitar acidentes que podem ser incapacitantes e até mesmo fatais. “Dependendo do modo como pula e da profundidade da água, a pessoa pode ter desde uma simples contusão da musculatura a uma luxação vertebral, um trauma grave na cabeça, fraturas nas mãos, nos antebraços, nas pernas e nos pés ou uma lesão na medula capaz de deixa-la paraplégica ou tetraplégica”, avisa o presidente da SBOT, Moisés Cohen. Diante de tamanho risco, a SBOT lança uma campanha de prevenção de acidentes em parceria com a Sociedade Brasileira de Coluna (SBC) que tem como alvo o público em geral, especialmente pais e mães com filhos em idade escolar. As peças, que serão publicadas no site e nas redes sociais das entidades, ressaltam ainda como se divertir com segurança.

Entre as recomendações mais importantes estão: sempre entrar na água andando para se certificar da profundidade; nunca mergulhar ou pular em águas turvas; não empurrar os amigos para dentro da água; e jamais entrar na água depois de ingerir bebida alcoólica, medicações ou qualquer outra substância que prejudique seus reflexos. “Ao ajudar uma pessoa que sofreu algum tipo de lesão, o mais importante é chamar o socorro imediatamente e mantê-la deitada numa superfície plana, com o pescoço imóvel e os braços e as pernas alinhados. Não tente examiná-la muito menos coloca-la de pé, já que qualquer movimento pode agravar a lesão”, reforça o presidente do comitê de coluna da SBOT e vice-presidente da SBC, doutor Cristiano Magalhães Menezes.