Instituições federais de ensino no Triângulo Mineiro paralisam atividades em defesa da educação’


Estão em greve desde as primeiras horas desta quarta-feira, 2 de outubro, em adesão ao movimento nacional pela Educação, a Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e a Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM). A previsão inicial é de 48 horas de paralisações das atividades. A Escola de Educação Básica (Eseba) da UFU também está sem aulas.

Está marcada para esta tarde de quinta-feira, 3, uma audiência na Câmara Municipal de Uberlândia para debater o assunto.

Conforme informações das instituições, a paralisação é um movimento contra o contingenciamento de verbas da Educação e contra o projeto “Future-se” do Ministério da Educação (MEC).

Na UFU, professores, técnicos-administrativos e estudantes aderiram à greve. A associação dos docentes da Universidade, o Sindicato dos Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições Federais de Ensino Superior de Uberlândia, o diretório central dos estudantes e a associação de pós-graduandos da UFU também estão no movimento.

Nas primeiras horas do ato, faixas sobre a greve foram instaladas no Campus Santa Mônica. Entradas de salas de aula foram bloqueadas com mesas e cadeiras.

Segundo o presidente da Adufu, Sidiney Ruocco Júnior, a greve é um pedido de socorro para a situação já vivida dentro das universidades.

Pais de estudantes da Eseba não concordaram com o movimento e manifestaram levando os filhos à escola.

Rafael Carlos de Oliveira, engenheiro de produção afirma que os pais não estão satisfeitos, mesmo porque este não é o primeiro protesto que termina com a perda de alguns dias na educação das crianças. Esta é a sexta paralisação do ano e os pais decidiram procurar ajuda do Ministério Público.

Nesta terça-feira, 1º, um dia antes do início da greve, a UFU recebeu R$ 19 milhões do governo federal. O valor representa aproximadamente 20% do que foi contingenciado pelo governo federal no início do ano e deve ser aplicado na quitação de dívidas em atraso. A assessoria de comunicação da UFU não quis comentar sobre a greve. Segundo as universidades, as pesquisas e o ano acadêmico seguem comprometidos.

Marcelle de Paula